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13 de julho de 2011

(só) Penetração faz bem à saúde, diz estudo

Para felicidade geral masculina, a ciência acaba de informar que a única modalidade de sexo que traz benefícios consideráveis para a saúde física e mental é a penetração. Só consegui ler o resumo da pesquisa, portanto, não sei quais foram as modalidades pesquisadas nem como foi feito o estudo. Mas os autores disseram que as outras tais modalidades não apresentaram benefícios e que, no caso do sexo anal e da masturbação, o efeito na saúde foi o contrário.

Até faz sentido o sexo anal trazer algum prejuízo para a saúde (se for feito sem camisinha, sem lubrificante, sem cuidados higiênicos etc). Agora, não consigo imaginar qual o problema da maturbação. Se fosse na década de 1980, poderiam dizer que cresce pelos nas mãos, nasce espinhas, etc. Mas em 2011? Acho esquisito… Alguém tem um palpite?

9 de julho de 2011

Reflexões sobre a exclusidade sexual

A maioria das pessoas associa fidelidade à sexualidade. E isso pode ser um grande equívoco. Penso que a fidelidade está no sentimento que se nutre pelo outro e nas razões que sustentam a relação. Os termos fiel/infiel e mais ainda a palavra traição talvez não sejam apropriados para caracterizar relações extraconjugais, que sempre foram aceitas, mas só para o homem.

Com a emancipação feminina as coisas começaram a mudar. O número de mulheres casadas que têm encontros extraconjugais aumentou bastante. Num casamento sem dependência econômica ou emocional, um episódio extraconjugal pode ocasionar dois resultados: é apenas passageiro e não rivaliza com a relação estável, que sai até reforçada, ou a nova relação se torna mais intensa e mais prazerosa que a anterior e rompe-se então com a antiga.
O parceiro que não deseja a separação vai passar por momentos difíceis. Por mais que compreenda as razões do outro e concorde que não há alternativa — afinal isso faz parte da vida — pode ser tomado por um sentimento de inferioridade. Alguns tentam a reconquista. Nesse processo, desaparece o automatismo que havia na relação prolongada e também a certeza de posse. Outros, mesmo sofrendo, preferem manter-se na expectativa do que vai acontecer. Seja qual for a evolução, ela será sempre melhor do que o martírio de duas pessoas acorrentadas uma à outra por razões morais.
As restrições que muitos têm o hábito de se impor por causa do outro ameaçam bem mais uma relação do que uma “infidelidade”. Reprimir os verdadeiros desejos não significa eliminá-los. O parceiro que teve excessiva consideração tende a se sentir credor de uma gratidão especial, a considerar-se vítima, a tornar-se intolerante. Quando a fidelidade não é natural nem a renúncia gratuita, o preço se torna muito alto e pode inviabilizar a própria relação.
W.Reich afirma que nunca se denunciará bastante a influência perniciosa dos preconceitos morais nessa área. E que todos deveriam saber que o desejo sexual por outras pessoas constitui parte natural da pulsão sexual, que é normal e nada tem a ver com a moral. Se todos soubessem, as torturas psicológicas e os crimes passionais com certeza diminuiriam e desapareceriam também as diversas causas das perturbações psíquicas, que são apenas uma solução inadequada destes problemas.

Por Regina Navarro Lins do Livro "A Cama na Varanda”

2 de julho de 2011

No consultório

No consultório: Eleonora tem 35 anos e nunca trabalhou. Casada há oito, Pablo, seu marido, lhe garante um ótimo padrão econômico. Sua vida é bastante movimentada socialmente, apesar dos três filhos. Sai com as amigas, faz compras, vai à ginástica, massagista e outras coisas do gênero. Mas no final das contas tudo não sai tão barato como parece.

Eleonora não tem mais vontade de fazer sexo com o marido, mas tem pavor que ele perceba isso e deixe de ser tão generoso quando o assunto for dinheiro. “Quando namorávamos o sexo era melhor, acho que eu tinha mais vontade. Mas agora, não. Por mim, acho que não transaria nunca mais com ele.

O pior é que sei que ele tem o maior tesão por mim; está sempre disposto. Se eu deixar é todo dia... Eu tento evitar, dou desculpas, só que nem sempre ele aceita. Aí, para tudo ser mais rápido finjo logo o orgasmo. Tem dias, que para ele ficar feliz, finjo que tenho orgasmos múltiplos, três ou quatro seguidos. Ele adora quando isso acontece.”

***

Como o número de mulheres que não têm orgasmo é enorme, a quantidade das que fingem também é grande. E os motivos são os mais variados. Desde o temor de não ser considerada sensual ou boa de cama, passando pelo constrangimento de perceber o homem pouco à vontade na relação, até o medo de desagradar e não manter o casamento, como é o caso de Eleonora. Independente da causa é lamentável que o sexo não possa ser, em grande parte das relações, uma troca verdadeira de prazer.

Regina Navarro Lins

27 de junho de 2011

Disfarces do desejo

Regina Navarro Lins: A estética é apenas um dos itens responsáveis pela atração sexual

Alexandre, um médico de 26 anos, relata a sua maior decepção sexual. “Ano passado, quando eu estava terminando a residência, me apaixonei por Sandra, a mulher mais gostosa que conheci. Ela era residente no mesmo hospital e fazia todos suspirarem, dos pacientes aos médicos, passando pelos enfermeiros, faxineiros, e quem mais estivesse por perto. Morena, alta, bonita, com um corpo escultural, tinha um jeito de andar sensual, irresistível. Depois de muita insistência da minha parte, ela aceitou sair comigo. Fomos a um motel. Eu estava certo de que jamais esqueceria aquela noite. Chegando ao quarto, Sandra tirou a roupa e se deitou na cama. Não mexeu um músculo sequer, ficou totalmente passiva, parada, inerte, esperando... Tentei excitá-la, e nada. Por um momento pensei em desistir e ir embora. Mas como? Aquela mulher maravilhosa, ali, todinha pra mim... Fui em frente. Precisei de algum esforço pra não broxar, mas sem dúvida, tive a pior transa da minha vida. Realmente, foi uma noite inesquecível.”

Há mulheres para quem o grande prazer sexual consiste em simplesmente deixar os homens loucos de desejo e mais nada. Na verdade, sentem pouco ou nenhum prazer com a estimulação sexual. E as causas são bem variadas, desde uma educação repressora, onde a idéia de que a mulher não pode ter iniciativa alguma no sexo é reforçada, até dificuldades emocionais que impedem a troca afetiva com o outro.
De qualquer forma, a atração sexual é algo misterioso e que ninguém sabe explicar direito. Por que nos sentimos atraídos por alguém e de que forma atrair a pessoa desejada é o que todos tentam descobrir. Geralmente se pensa logo na beleza e, como primeira impressão, a aparência é fundamental mesmo. Mas sendo o belo também condicionado pela cultura, os tipos ideais variam de época e lugar, desempenhando um papel fundamental na escolha do parceiro sexual.

Para nosso espanto, o que torna homens e mulheres mais atraentes em outras partes do mundo são aspectos físicos que nem de longe apreciamos. Os Maias gostam de pessoas vesgas, e existem povos da África e da Oceania que têm preferência por gengivas e línguas pretas (Maasai), dentes pretos (Yapese), umbigos enormes e salientes (Ila), seios pendentes (Ganda), ausência de sobrancelhas e cílios (Mongo), e assim por diante. Em algumas sociedades, mulheres gordas são muito valorizadas. As meninas antes do casamento chegam a ser postas em regime de engorda, onde devem comer exageradamente para ganhar tanto peso quanto for possível.

No Ocidente, há critérios de atração bem específicos, em que as normas baseadas na beleza física regem até concursos de beleza. É claro que existem as preferências individuais, mas a atração sexual, para a grande maioria, se baseia nas características que diferenciam homens e mulheres— todos os tratamentos de beleza femininos enfatizam essas diferenças (sobrancelhas finas, ausência de pelos, etc.).

Entretanto, os homens, mais do que as mulheres, são atraídos pela aparência física, e algumas pesquisas mostraram que apenas um por cento delas se sentem atraídas por homens com músculos avantajados, tórax, bíceps e ombros desenvolvidos. A maioria prefere homens menos musculosos, vestidos, em vez de nus, e nega ser obcecada pelo tamanho do pênis. Um terço das mulheres cita as nádegas, pequenas e firmes, como a característica visualmente mais excitante nos homens. Eles, por sua vez, se sentem atraídos por cintura fina, quadris largos, e seios avantajados, bem diferentes do que possuem.

A estética é apenas um dos itens responsáveis pela atração sexual. A sedução do cheiro ocupa posição de destaque. A mariposa secreta um líquido invisível do seu abdômen — o feromônio — e atrai pretendentes a mais de um quilômetro. Nós também exalamos um cheiro que atrai as pessoas, só que a uma distância menor. Homens e mulheres têm glândulas “apócrinas” nas axilas, em volta dos mamilos e na virilha, que se tornam ativas na puberdade. A secreção delas não tem nada a ver com aquelas que acabam produzindo cheiro acre e azedo da transpiração. Cada pessoa tem um cheiro próprio, um odor pessoal.

Há muito tempo se sabe disso. Baudelaire afirmava que a alma de uma pessoa estava nesse suor erótico. Napoleão enviou uma carta a Josefina, dizendo: “ Chego a Paris amanhã à noite. Não tome banho.” E um escritor francês do século 19, escreveu que o cheiro das axilas de uma mulher “despertam facilmente o animal que se esconde dentro do homem”.

Atualmente, nas festas em algumas partes da Grécia, os homens colocam seus lenços sob as axilas e oferecem às mulheres que convidam para dançar. Dizem que o resultado é garantido. Odores genitais, em alguns casos, também são considerados excitantes. As prostitutas de Nápoles eram conhecidas por passar os fluídos vaginais atrás das orelhas para atrair mais clientes, e um índio Apache declarou que colocava o dedo dentro da vagina de uma mulher e o cheirava, como tentativa de combater uma impotência temporária.

Contudo, como se explica que uma pessoa, mesmo sendo bonita e tendo o cheiro que nos agrada, não seja sexualmente atraente, ou o seja apenas num primeiro momento? Isso ocorre com frequência, ao mesmo tempo em que ficamos surpresos quando nos percebemos fortemente atraídos por alguém que não corresponde em nada ao nosso ideal de beleza.

Na realidade, a atração sexual transcende aos aspectos físicos. É um jeito de sorrir, de olhar, quem sabe uma observação interessante, um modo de falar... Não dá para dizer o que é, nem de onde vem. Talvez venha do invisível e não se sabendo que nome tem, podemos chamar de espírito. A decepção de Alexandre foi grande porque na nossa cultura se alimenta a crença equivocada de que uma ótima relação sexual está diretamente ligada à beleza física.

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26 de junho de 2011

Mantenha a saúde nas recaídas com o ex

É importante não esquecer a camisinha nos encontros após o término da relação. Camisinha não pode ser esquecida em recaídas com o ex. O relacionamento terminou, mas os encontros esporádicos ainda permanecem em cena.

As “recaídas” amorosas não são necessariamente erradas, mas podem abrir a porta para doenças sexualmente transmissíveis (DST) e gravidez indesejada caso a prevenção não faça parte do jogo.

A camisinha não deveria servir como “termômetro” de confiança do relacionamento fixo, afirma a coordenadora do Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, Elsa Gay, mas muitos casais dispensam o preservativo assim que consideram o namoro ou casamento sólidos.

“Muitas vezes, as mulheres já estão tão envolvidas após duas semanas de relação que negligenciam o risco”, afirma a ginecologista.

E não raro também, quando a relação acaba mas o envolvimento não, as pessoas permanecem com muita dificuldade em negociar o uso da camisinha.

“Não é falta de informação e nem de conhecimento. Na hora do prazer e do orgasmo, estes estímulos chegam ao cérebro e fazem as mulheres (e também os homens) ficarem desconectados. Elas desligam do mundo”, diz Elsa.

“Estes segundos em que o controle é perdido, se não usar camisinha, são suficientes para uma infecção ou para a gestação.”

Os especialistas reconhecem que dialogar sobre o uso de preservativos em relações consistentes (mesmo que estremecidas pelo término) não é tarefa simples, mas sabem que a conversa é a única forma de minimizar o perigo. A falta de proteção na hora do sexo é o que tem feito as mulheres e os homens que mantêm compromissos fixos ganharem espaço nas estatísticas de doenças como HPV, gonorreia, sífilis e aids.

Na faixa-etária feminina com mais de 50 anos, coincidentemente a mais resistente no uso de proteção, a proporção de casos de HIV é crescente. Em 2000, elas representavam 8% dos novos registros do vírus HIV e hoje já somam 15%, de acordo com o último boletim epidemiológico produzido pelo Programa Nacional de Aids, DST e Hepatites Virais, ligado ao governo federal.

Dicas para falar de camisinha

O ginecologista e professor de sexualidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Jorge José Serapião, reitera que qualquer constrangimento para falar de camisinha, seja com o namorado, o ex ou o caso esporádico, não supera os impactos físicos e emocionais acarretados por uma DST ou gestação não planejada.

“Não se pode fazer concessões e colocar a saúde em risco só porque a pessoa já fez parte da sua história”, acredita Serapião. “Mesmo porque o preservativo já tinha de fazer parte deste relacionamento antes mesmo dele acabar”, completa.

Por isso, ele orienta sobre como falar de prevenção mesmo em relações não casuais:

- Sempre tenha a camisinha com você. Isso já evita qualquer brecha caso o parceiro ou parceira tenha esquecido o preservativo

-De imediato, manifeste a exigência do uso da camisinha. Não deixe somente para a hora em que o clima está fervendo ou segundos antes da penetração

- Se o parceiro ou parceira começar a falar de empecilhos para o uso da camisinha (falta de prazer, sensibilidade comprometida ou desaprovação), ele ou ela não está pronto para transar e não merece a relação sexual

- Não encare a camisinha como um balizador de confiança. Pelo contrário: é sinal de cuidado e respeito

- Ninguém morre caso não transar. É melhor evitar uma situação de risco do que comprometer a vida

Fernanda Aranda, iG

18 de junho de 2011

Realizar ou não as fantasias sexuais?

“Tenho 42 anos e uma namorada de 45, separada de seu segundo casamento. Sem querer, nos excitamos muito ao conversar sobre fantasias sexuais e ela me deixou louco de tesão ao dizer que gostaria de ver uma amiga linda loira, gostosona, transando comigo. Acontece que tanto minha namorada como eu estamos com medo de realizar a fantasia e nos machucar. O que fazemos?”

Essa questão foi tirada de uma seção do meu site, em que os internautas relatavam um problema que estavam vivendo e os outros diziam o que fariam se estivessem em seu lugar. Agora, essa seção do site se transformou em um dos dois livros que lancei recentemente, "Se eu fosse você...". Abaixo algumas sugestões dadas por quem se colocou naquela situação.
“Deixava a fantasia continuar como fantasia. Ela faz parte do jogo erótico. O dia em que você e ela deixarem de sonhar, de fantasiar, está bem na hora de pensar em outro caminho ou outros caminhos, cada um no seu.”

“Acho vocês meio grandinhos para ter medo de machucado, né?” Você tem sorte de conseguir, de bandeja, o que a gente vive tentando e raramente consegue. Não vacile. Vai ver que a sua namorada também quer aproveitar a ocasião e tirar umas casquinhas com a amiga dela. Deve ser excitante, não? Experimente! Sem medo de ser feliz!”

“Ô meu amigo, você não faz ideia o quanto este seu caso é maravilhoso, já imaginou o que é ter consentimento da sua namorada para isso? E quem te garante que ela já não até combinou com a tal boazuda? Claro que isso não vai machucar ninguém e se você não fizer, mano, vai perder as duas. Fica de olho, meu amigo, pois tem muitos tentando esta oportunidade especial.”

“Deixa de ser besta, ô mané, a vida é uma só e quem está na chuva é pra se molhar, mais vale a lágrima por ter caído, do que a vergonha de nunca ter tentado!”

“Eu acho que você ganhou na mega-sena e está em dúvida se quer receber o prêmio ou não! Para com isso!”

“Hummmm... É arriscado sim, muito. Vocês têm que estar muuuito bem entre si pra que o risco seja mínimo.”
“Se há dúvida, não faça. Sexo tem que ser sem culpa.”
Quase todas as pessoas têm fantasias sexuais. Existem as que não sentem muito prazer, e até mesmo são incapazes de atingir o orgasmo sem recorrer a elas. Com as fantasias, a vida sexual ganha uma diversidade que seria impossível no dia-a-dia. Por mais que exista grande atração entre um casal, a excitação não se dá sempre da mesma forma, tem altos e baixos. Lançar mão desse recurso funciona, muitas vezes, como estimulante para se recuperar a intensidade do desejo. E a variedade é grande: cenas, lugares, pessoas, podendo ser, em alguns casos, sobre um parceiro mais desejável do que aquele com quem se está fazendo sexo.

A grande vantagem das fantasias é poder inventá-las da maneira que se quiser. Cada um é dono do seu próprio espetáculo: decide o elenco, o argumento, a direção, a edição, os ângulos de câmera e os efeitos especiais. Além disso, não há motivos para se preocupar com críticas negativas ou censura: você é a única pessoa que poderá ver as suas fantasias sexuais. Contudo, nem todos se sentem tranquilos dando asas livremente à imaginação. Muitos se culpam e se envergonham de suas fantasias, jamais as revelando para alguém. Por que é tão difícil aceitá-las naturalmente?

Num estudo da universidade americana de Colúmbia, o psicanalista G. Fogel afirma que virtualmente todos têm fantasias sexuais aberrantes, embora nem sempre conscientes do fato. Ele também admite que elas são tão frequentes nas mulheres como nos homens. A questão é que, como ninguém tem coragem de contar suas fantasias, todos se assustam, pensando que são os únicos a tê-las.

As fantasias são geralmente associadas à ideia de desvio sexual, gerando forte sensação de inadequação. Para a grande maioria o dia-a-dia é regido por regras de comportamento e elas tendem a se enquadrar nos padrões aceitos. Colocar em prática uma fantasia, que não é aceita socialmente — no caso, sexo a três, — causa algum temor. Afinal, ninguém sabe o que vai acontecer depois. De qualquer forma, é importante que o casal avalie bem a fantasia que se apresenta no momento e procure se certificar de que essa fantasia está exclusivamente a serviço do prazer de ambos.

Regina Navarro Lins

As fases de um casamento

- Quando alguém deixa de ser amado é tomado por uma profunda angústia — seja porque foi abandonado ou porque o abandonou — e é invadido pela sensação de falta e de solidão. O cientista francês Jacques Ruffié afirma não ter dúvidas de que o hábito, acarretando ao mesmo tempo exigência e tédio, pode levar à separação. Ele enuncia as diversas fases por que passa a vida da maioria dos casais:

1ª - Uma fase de início em que cada um idealizando o outro se esforçando para satisfazê-lo. Ao mesmo tempo o casal se afasta do resto do mundo.
2ª - Uma fase de primeira crise com o contato do real; defeitos mais gritantes começam a ser percebidos. Essa fase é geralmente superada graças à atração recíproca, ainda viva, que um parceiro sente pelo outro.
3ª - Uma série de crises surge podendo acarretar:

a) a ruptura. A vida em comum torna-se insuportável. O casamento explode sob o efeito do conflito e dos apelos do mundo externo;

b) em alguns casos, sentindo esse perigo de explosão, o casal se retrai por uma espécie de reflexo de audodefesa e tenta reprimir a agressividade.

4ª - Uma calmaria aparente muitas vezes disfarça um aumento de rancor e de incompreensão. É então que uma crise, mais violenta porque adiada, explode no momento em que menos se espera.
5ª - O casal pode persistir ao preço de muitas renúncias. Cada um se despersonaliza.
6ª - Os dois protagonistas tomam consciência dos seus limites, de suas próprias forças e da realidade de um fracasso parcial. A fantasia ideal do início dá lugar a uma versão mais realista. Cada um se torna mais autônomo. Se as desavenças são abordadas de frente, em vez de ocultadas, e essa crise aparecer bem cedo, numa época em que a atração entre os dois ainda é grande, ela pode ter um efeito construtivo — fazendo nascer um diálogo real, revelando novas diferenças e novas afinidades. Mas é preciso saber que o equilíbrio jamais é definitivo, pois as pessoas se modificam.
Para Ruffié, o laço conjugal, juridicamente fixo e inalterável, no plano biológico é uma ficção que nossa fraqueza amorosa e nossa instabilidade afetiva assinam. Ele acredita que se os casais deixassem de associar a fidelidade à sexualidade seria positivo para o casamento, na medida em que a mudança periódica de parceiros provoca, a cada vez, um aumento do desejo sexual.

Regina Navarro Lins

16 de junho de 2011

Ainda gosto dele?

O incômodo persiste. Não importa quanto tempo tenha passado, a dúvida assombra quando bate a carência sob os cobertores em um dia frio: será que ainda gosto dele?

O Bolsa de Mulher ouviu psicólogos especializados em traumas e terapeutas de relacionamentos que vão ajudar você a detectar, em sua rotina, condutas que insistem em reafirmar aquele antigo sentimento mal resolvido.

Lembranças e associações ao ex

Parece que tudo conspira para que você se lembre dele, não é? Saiba que não é bem assim. Segundo a terapeuta de relacionamentos Marina Vasconcellos, da PUC-SP, o seu inconsciente é o real responsável por associar tudo com aqueles momentos vividos a dois. "Quando a relação e o final estão bem resolvidos, você não se afeta com as lembranças", diagnostica ela.
O psicólogo especializado em relacionamentos e em ansiedade Alexandre Bez complementa: "Algumas pessoas não conseguem se libertar das amarras emocionais do passado. A partir daí, o que aconteceu vira uma fantasia e as pessoas vivem olhando para trás. Assim não dá para tirar o ex da cabeça".
Manter hábitos do relacionamento antigo
Esse é o mais difícil de detectar, segundo Alexandre Bez. O inconsciente age decisivamente para associar o prazer às experiências anteriores, mantendo o vínculo com o passado sem que se perceba. "Sabe aquele seriado que vocês viam juntos? Se, no final do relacionamento, você sente mais obrigação do que vontade em assistir ao programa, isso denota um vínculo afetivo", exemplifica ele.
Forçar encontros
Ainda pior é quando você passa a frequentar os mesmos lugares e ambientes sociais do ex, como clube e academia, mantendo-se no cotidiano do antigo par. Buscar bares e festas nas quais você sabe que ele pode estar também entra na lista. "Inconscientemente, a pessoa está tentando se manter presente e faz uso de uma série de desculpas psicológicas para fingir que são encontros por conveniência", acrescenta Bez.
Se incomodar com qualquer notícia do ex
Não querer saber mais nada sobre a vida do "falecido", como muitas apelidam o ex, é um direito. Contudo, se a qualquer notícia ou aparição dele algumas emoções são despertadas, a confusão ainda está dentro de você. "Quando tudo está bem resolvido, você não sente mais nada. Se ainda tem alguma coisa que pega, que acende aquela ‘luzinha', é sinal de que algo precisa ser bem assimilado. Ter ciúme e se incomodar quando tocam no nome dele são os maiores exemplos", lista a terapeuta.
Não estar disposta a experimentar
Se você acha que a fórmula de relacionamento com o ex deu tão certo que nem quer experimentar outra, o sinal amarelo está ligado. "A pessoa parece não estar aberta a coisas novas, não consegue se empolgar com nada. O gosto muda muito, é dinâmico, mas é muito atrelado ao sentimento", afirma Vasconcellos. E o principal indício aparece entre quatro paredes. "Ela fica inconscientemente pensando que está traindo o outro e isso influencia seu desempenho sexual. Não se solta inteiramente", diz.
Comparar as atitudes
A comparação é inevitável quando você ainda está muito ligada à tal "fórmula bem-sucedida" da relação terminada, pois ela se torna em um referencial de felicidade. "A pessoa acaba comparando as semelhanças e as diferenças, sempre dando mais peso à diferença, como se contasse contra. Ela, no entanto, deveria começar a experimentar novos gostos e atitudes", aconselha Alexandre Bez.
Em casos mais extremos, a busca por um novo parceiro nos moldes do antigo pode levar quase a uma tentativa de clone. "A pessoa busca alguém fisicamente parecida com o ex e passa não apenas a comparar, mas a transferir as características do ex ao atual, já que eles são semelhantes fisicamente", revela.
Lembrar-se só dos bons momentos
A velha máxima de que "só dá valor quando perde" é o combustível para trazer à tona apenas as boas lembranças. "As atitudes positivas do ex são mais contundentes do que os defeitos", explica Bez. Para Vasconcellos, nessas horas é que deve entrar o apoio dos amigos. "Quando a pessoa termina, ela está sempre pensando sobre a relação e relembrando os momentos bons. Daí a importância de pessoas que estejam fora da situação para lembrá-la dos episódios ruins e impedir uma idealização fantasiosa", conclui a terapeuta.

3 de junho de 2011

Sexo sem amor

Já ouvi muita gente dizer que sexo tem que estar sempre ligado ao amor. Desconfio que isso não passa de mais uma tentativa de restringir a sexualidade feminina, afinal, nunca se fez essa exigência ao homem. Ao contrário, sempre se aceitou que ele fizesse sexo com qualquer mulher. Para provar que era macho tinha que estar o tempo todo pronto para o ato sexual. Com a mulher a história era bem diferente. Até algumas décadas atrás, caso ela gostasse de sexo, não podia demonstrar de jeito nenhum. Isso a desqualificaria como esposa.
Mas, na verdade, com tanta repressão o sexo não era bom mesmo para ninguém, muito menos para as mulheres. O homem chegava à vida adulta com pouquíssima experiência, no máximo algumas transas com prostitutas, o que reforçava a ideia do sexo ser algo pouco digno. Quando casava com aquela moça virgem, que viria a ser a mãe dos seus filhos, o sexo se tornava, então, um problema bastante complicado para ele. Era feito no escuro, embaixo das cobertas, com muita pressa. Se a maioria dos homens ainda ignora que para haver penetração a mulher deve estar lubrificada, imagine naquela época! O prazer da mulher não era nem cogitado. E elas aguentavam tudo com bravura, ou melhor, mansidão.
Com a mudança das mentalidades, da década de 60 para cá, se começou a aceitar que a mulher tivesse prazer sexual, mas apenas com o homem que amasse. Se não fosse assim, era considerado falta de decência. É por isso que, atualmente, ainda encontramos quem insista em afirmar que é da natureza feminina só desejar sexo se existir amor. Dizem também que sexo com amor é muito melhor. Claro, tudo o que se faz com a pessoa amada é melhor, até mesmo comer um bolo de chocolate. Mas desejo sexual e amor são emoções distintas, que podem existir juntas ou separadas.
Não há motivo para o sexo não ser ótimo, quando praticado entre duas pessoas que sentem desejo uma pela outra. Porém, é comum o medo de que, sem amor, quando a relação sexual chegar ao fim, a frustração tome conta da pessoa. Sem dúvida, isso vai ocorrer se existir pretensão de algo diferente do próprio prazer sexual. A frustração só ocupa o espaço de uma expectativa não satisfeita.
O problema é que, como o sexo não é visto como natural, busca-se nele algo mais do que o prazer: continuidade da relação, namoro ou casamento. Aí a frustração não é pelo sexo e sim por um projeto que não se realizou. Se duas pessoas vão para o ato sexual buscando simplesmente obter e dar prazer, e isso acontece, por que não seria muito bom para elas?

A Cama na Varanda: Sexo sem amor

POR REGINA NAVARRO LINS

1 de junho de 2011

As mulheres precisam menos de sexo do que os homens?

Comecei a ler o artigo da jornalista inglesa Liz Jones com o objetivo de fazer um post sobre o título: em tradução livre: ”é melhor que meu marido pague por sexo do que tenha um caso”. Ela começa o texto dizendo que com uma amante, além do sexo, o marido teria momentos de intimidade, jantariam juntos, trocariam mensagens de texto, se falariam pelo telefone. Ele se vestiria e se perfumaria para ela e, de certo modo, amaria mais a amante, pois ela é a novidade. Já com a prostituta, seria apenas sexo. Daí a preferência por esse tipo de traição. Lendo os argumentos, comecei a concordar com todos…

Mas essa argumentação foi só para entrar em outro assunto, que achei mais polêmico. Segundo Liz, as mulheres querem menos sexo (e precisam menos de) do que homens. Ela conta que todas suas amigas reclamam de “ter que” transar com os maridos depois de 12 horas de trabalho e que ela mesma já passou nove meses sem ir para a cama com o ex-marido (que, não por isso mesmo, teve um caso e agora é ex). A autora usa o argumento biológico de que as mulheres só querem sexo para atrair os homens e ter filhos. Depois que conseguem preferm o companheirismo ao tesão. Por experiência própria e baseada em conversar que tenho com muitas amigas casadas ou que namoram, discordo dessa parte. Acho que tem que ter as duas coisas em uma relação bem sucedida. Na verdade, o que mais tenho ouvido nos últimos tempos são mulheres comprometidas reclamando que querem mais sexo do que seus maridos cansados e sem criatividade na cama. Será que elas são exceções? O que vocês acham?

postado por Fernanda Colavitti

6 de abril de 2011

A forma com que um casal se toca revela mais do que afeição

Depois de algum tempo de convivência, muitos casais desenvolvem uma linguagem própria, que vai além dos apelidos carinhosos e constrangedores, das palavras e até mesmo do olhar – eles passam a se comunicar pelo toque. Cientistas descobriram que casais conseguem se comunicar melhor do que estranhos através do toque, e transmitindo sentimentos alheios à afeição que sentem um pelo outro, como inveja e orgulho. No estudo, os pesquisadores analisaram como 12 sentimentos seriam transmitidos através do toque, desde tristeza à gratidão e simpatia. 30 casais, com idades entre 18 e 54 anos, participaram do experimento. Em média, eles estavam juntos por cerca de dois anos. Os casais sentavam um em frente ao outro, com uma cortina escura entre eles. Um membro do casal (chamado de decodificador) colocava o braço do outro lado da cortina enquanto seu parceiro tentava transmitir emoções apenas pelo toque.

Depois os casais eram trocados, e estranhos tentavam transmitir emoções um para o outro. Apesar de ser óbvio que os casais conseguiriam transmitir melhor suas emoções, pela experiência que eles possuem juntos, os cientistas se surpreenderam com a habilidade deles transmitirem emoções como “inveja” e “orgulho”, que são complexas, apenas com um toque. Agora os cientistas querem analisar se outros tipos de relacionamento, como o elo entre os pais e o filho ou então entre irmãos também produzem a mesma intimidade em relação ao toque ou se isso é uma exclusividade de relacionamentos amorosos.

[The Body Odd]

21 de março de 2011

Sexo sem medo ou culpa

Regina Navarro Lins fala sobre a relação das mulheres com o sexo sem amor

Sandra, uma engenheira de 31 anos, chegou deprimida à sessão de terapia. Há muito tempo busca conhecer um homem com quem pudesse desenvolver uma relação estável e duradoura. O motivo da sua depressão foi mais uma frustração amorosa. “Semana passada fui a uma festa na casa de uma amiga. Lá conheci Paulo, amigo do marido dela. Ficamos juntos a noite toda. Houve abraços e beijos, mas eu me propus a resistir...só que não deu: dormimos num motel. Como ele não me ligou no sábado nem no domingo, fiquei arrasada. Eu tinha jurado pra mim mesma que não ia mais transar sem amor....depois fica esse horrível sentimento de vazio!”

Muitas mulheres, apesar das evidências em contrário, ainda se esforçam para se convencer de que sexo e amor têm que caminhar sempre juntos. Os homens nunca pensaram assim e jamais isso foi cobrado deles. Quando uma mulher diz que não consegue transar com um homem se não houver amor entre eles, na maioria das vezes ela está apenas repetindo o que lhe ensinaram, impossibilitada de perceber os seus próprios desejos. Não há motivo para o sexo não ser ótimo quando praticado por duas pessoas que sentem atração e desejo uma pela outra. No caso de Sandra a frustração e o vazio têm muito mais a ver com uma expectativa não satisfeita do que com o sexo em si. A questão é que, como o sexo não é visto como natural, costuma-se misturar as coisas e se busca algo mais do que prazer: continuidade da relação, namoro ou casamento. Mas isso não é à toa.

Desde que o homem descobriu que participa da procriação, mantém sob controle a sexualidade da mulher. E isso aconteceu há cinco mil anos, quando ele ficou obcecado pela certeza da paternidade, para só deixar a herança para os filhos legítimos. No século XIX chegou-se a criar teorias para sustentar que a mulher não gostava de sexo, que seu único prazer era satisfazer o marido e cuidar dos filhos. É claro que, da década de 1960 para cá, com todo o movimento de liberação sexual, essas idéias caíram por terra. Hoje, todos sabem que homens e mulheres têm a mesma necessidade de sexo, e que a mulher pode ter tanto prazer quanto seu parceiro. Contudo, curiosamente, a maioria das pessoas finge não saber.

Se uma mulher foge ao padrão de comportamento tradicional, ou seja, não esconde que gosta de sexo, é inacreditável, mas ainda corre o risco de ser chamada de “fácil”. As próprias mulheres participam desse coro, ajudando a recriminar as outras, que conseguiram romper a barreira da repressão e exercem livremente sua sexualidade. Não é nenhuma novidade, mais uma vez os próprios oprimidos lutando para manter a opressão. Entretanto, para o homem, fazer sexo com uma mulher no mesmo dia em que a conhece é considerado natural, ele até se valoriza por isso. Há os que se dizem liberais, sem preconceitos, nada moralistas. Será? Para se ter certeza, é só perguntar o que eles acham da mulher que transa no primeiro encontro.

O sexo, quando vivido sem medo ou culpa, pode levar a uma comunicação profunda entre as pessoas. A maioria das mulheres se recusa a fazer sexo no primeiro encontro, mas não por falta de desejo. É a submissão ao homem, ou seja, a crença de que tem que corresponder à expectativa dele. A partir daí inicia-se uma encenação, onde o script é sempre o mesmo: o homem pode fazer sexo, a mulher não. Ele insiste, ela recusa.

O desejo que os dois sentem é igual, mas ele continua insistindo e ela continua dizendo não. Ela acredita que, se ceder, ele vai desvalorizá-la e não vai se dispor a dar uma continuidade à relação. Vai sumir logo depois do orgasmo. E o pior é que há os que somem mesmo. A luta interna entre os antigos e os novos valores não está concluída. Alguns se sentem obrigados a depreciar a mulher, que sentiu tanto desejo quanto eles, e não fingiu. “Ora, ela deveria saber resistir mais bravamente”, pensam. Submissos ao modelo imposto, funcionam como robôs aceitando que valores equivocados determinem com que mulheres devem namorar ou casar.

Afinal, em que encontro a mulher pode fazer sexo com um homem? No segundo, terceiro, sexto? Qual? O grau de intimidade que você sente na relação com uma pessoa não depende do tempo que você a conhece. Além disso, o prazer sexual também independe do amor ou do conhecimento profundo de alguém. Para um sexo ser ótimo basta haver muito desejo e vontade de obter e dar prazer. E uma camisinha no bolso, claro.

Estamos vivendo um momento de transição, em que os antigos padrões de comportamento estão sendo questionados, mas novas formas de pensar e viver ainda causam medo pelo desconhecido. Há os que sofrem por se sentir impotentes para fazer escolhas livres, mas acredito que o fim de muitos tabus a respeito do sexo seja só uma questão de tempo.

Acompanhe Regina Navarro Lins no Twitter

8 de março de 2011

Mulheres decidem quase tudo em casa, até frequência sexual

Quem suspeita que as mulheres comandam a casa e a rotina de quem vive nela está certo. De acordo com uma pesquisa da marca Ginsters, fabricante de alimentos do Reino Unido, três quartos de todas as decisões domésticas importantes são feitas por elas. Até mesmo as decisões sobre a quantidade de relações sexuais cabem à opinião feminina, com 60% dos homens admitindo o fato.

O levantamento contou com a opinião de 3 mil casais sobre relacionamento. Constatou-se que as pessoas do sexo feminino regularmente decidem o que os dois vão comer, onde vivem, quando terão filhos, onde vão aproveitar as férias e como gastar o dinheiro.

Além disso, seis em cada 10 homens admitiram que as parceiras têm controle total sobre quando e com que frequência o casal tem relações sexuais. Dois terços disseram que são completamente dependentes delas sobre o que comer, sendo que três quartos pedem permissão antes de saborear alimentos pouco saudáveis. Mais da metade admitiu consultá-las para ingerir bebidas alcoólicas.

As mulheres ainda são mais propensas a escolher os nomes dos filhos, assim como a roupa que vão usar e em que escola estudar. Segundo o jornal Daily Mail, aos homens restam definir que carro comprar e a quais programas assistir na televisão. Quanto à TV, a conclusão até pode se aplicar ao Brasil, já em relação aos carros, não. Pesquisas do setor automotivo dão conta de que as mulheres brasileiras têm poder de decisão de até 80% na compra do carro.

Patrícia Zwipp

24 de fevereiro de 2011

Mulher em período fértil atrai solteiros e repele casados

Uma nova pesquisa joga um balde de água fria em quem justifica a infidelidade como "natural". Segundo um experimento da Universidade da Flórida, a fidelidade também pode ser explicada pela biologia.

Os coordenadores do estudo, Saul Miller e Jon Maner, mostraram que sinais de que uma mulher está em período fértil, como mudança de cheiro, são percebidos pelo homem. Mas, se ele for comprometido, em vez de atração, ele tende a rejeitar os sinais em uma desconhecida.

Homem não comprometido:

  • Acha a mulher mais sedutora.
  • Sente atração sexual.
  • Aumenta nivel de testosterona.

Homem comprometido:

  • Sente mais ciume. ( Se e sua mulher )
  • Sente menos atração pela mulher fértil. ( Se não e a dele )

Mulher:

  • Aumenta disposição para se exibir e flertar.
  • Secreção vaginal e suor tem odor mais atraente.

PICO FÉRTIL

Pesquisas anteriores já apontaram a relação entre pico fértil da mulher e resposta masculina. Um estudo feito em 2007 com dançarinas de striptease mostrou que as gorjetas aumentavam quando elas estavam ovulando.

"No pico de fertilidade, o aumento do estrogênio deixa a mulher mais lubrificada, com mais brilho na pele. O cheiro do corpo também muda de forma sutil, mas que é percebida pelo homem", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.

A reação fisiológica do macho é responder com excitação sexual e partir para o bote. Mas, se isso significa pular a cerca, outras reações biológicas podem entrar em jogo, especulam pesquisadores.

No trabalho da Flórida, uma jovem frequentou o laboratório de psicologia social por vários meses. Os homens participantes classificaram o grau de atratividade da moça. A maioria dos desimpedidos a considerou mais atraente nos períodos férteis. Os que estavam em relacionamentos românticos a acharam menos atraente justamente nessas fases.

"Parece que os homens estavam de fato tentando afastar qualquer tentação que pudessem sentir diante da mulher que estava ovulando", disse o psicólogo Maner.

Para Assaly, isso mostra como condições sociais modulam a ação hormonal.

"A presença da mulher fértil aumenta a produção de hormônios sexuais no homem, como testosterona.

Mas a consciência e a memória desencadeiam a produção de outros hormônios, como ocitocina, que trabalham contra a ameaça ao vínculo amoroso."

Para o psiquiatra Luiz Cushnir, do grupo de estudos de gêneros do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior valor desse tipo de pesquisa é possibilitar reflexões.

"Relacionamentos são multifatoriais e o ser humano tem grande repertório emocional, ao contrário dos animais. Valores socioculturais influenciam a resposta sexual e podem ter repercussão bioquímica. Mas não dá para reduzir tudo à biologia."

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

Com o "New York Times"

23 de fevereiro de 2011

Beijinho, beijinho; tchau, tchau

Cada vez mais mulheres aceitam e buscam o sexo sem compromisso, com amigos ou desconhecidos

Candidatos a "ficantes"

• ex-namorado (vantagem: confiança)
• amigo (vantagem: carinho)
• desconhecido (vantagem: anonimato)
• homem muito mais jovem (vantagem: baixíssima expectativa de compromisso)
• homem muito mais velho (vantagem: experiência)

Nas relações amorosas, sabe-se desde sempre, mulher é louca por um compromisso. Mas, enquanto o parceiro ideal não chega, cada vez mais moças estão aderindo a uma prática que já foi exclusiva dos homens: o sexo casual, do tipo uma vez só e adeus. No universo feminino, sexo sem compromisso (definição: você não só não espera um telefonema no dia seguinte como foge dele) virou algo mais generalizado do que em qualquer época anterior, ocorre em qualquer faixa de idade e é praticado de maneira muito mais aberta – inclusive, discutido com as amigas que também fazem. Ao contrário dos anos 70, quando, no auge do movimento hippie e antes do fulminante advento da Aids, o celebrado amor livre era comportamento restrito a grupos alternativos, hoje é atitude que permeia todas as tribos, de punks a esportistas, de clubbers a patricinhas. E artistas, naturalmente: entre um namoro firme e outro, beldades de coração libertário como Vera Fischer e Luana Piovani se divertem com quem podem e querem.

As adeptas das relações casuais têm até um hino, o hit dos Tribalistas Já Sei Namorar. Observe: é só tocar o refrão – "Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem" – que as mulheres presentes se agitam e fazem coro. "O legal do sexo sem compromisso é que você não se preocupa tanto com o parceiro. Você pensa mais é no seu próprio prazer", diz a paulistana Lisandra Maioli, 24 anos, uma das poucas a concordar em se identificar para esta reportagem (os tempos mudaram, mas a experimentação sexual da mulher ainda é socialmente desconfortável). Um exemplo? Durante as férias em Porto Seguro, na Bahia, Lisandra conheceu um rapaz num bar e menos de uma hora depois estavam fazendo sexo na praia. "Eu sabia que seria só aquela noite e tratei de aproveitar da melhor maneira possível", lembra. Para ela, o mais importante nesse tipo de relação é a atração física. "Sei perfeitamente separar sexo de amor", garante. Só lamenta que alguns parceiros insistam em compromisso. "Por mais que eu fale que não precisa me telefonar no dia seguinte, alguns ligam e querem sair de novo."

Em suas pesquisas sobre o tema, Ailton Amélio, professor de relacionamento amoroso do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, vem observando um aumento significativo no número de mulheres que fazem sexo no primeiro encontro. "Muitas não mais exigem segurança ou compromisso. Precisam apenas estar no clima", diz Amélio. Para gerações mais veteranas, é difícil acreditar que isso aconteça mesmo com tanta naturalidade, sem corações partidos nem auto-estimas estilhaçadas. Para especialistas, a adesão feminina ao sexo casual provavelmente foi impulsionada pela prática do "ficar", tipo de relacionamento que cresceu vertiginosamente nos anos 90. "O ficar é um encontro de um dia ou uma noite que pode ir de uma simples troca de beijos a uma relação sexual", define a psicóloga carioca Jacqueline Chaves, autora do livro Ficar com: um Novo Código entre Jovens. No meio ultrajovem em que vingou (meninos e meninas de 11, 12 anos já ficam), o relacionamento em geral acaba não passando de beijos e carícias. Quando a garota se torna mais velha, eventualmente ela continua ficando, só que em estágios mais adiantados.

Bonita e discreta, a estudante de publicidade R., de 22 anos, considera-se uma menina "totalmente normal" e não vê nenhum problema em manter relações sexuais com alguém que acabou de conhecer. "Para fazer sexo, basta eu ter vontade", define. Ela conta que certa vez flertou com um desconhecido no balcão do check-in de um vôo para o Nordeste. O vôo foi cancelado e a companhia acomodou os passageiros em um hotel. "Fomos para o quarto e passamos a noite juntos", lembra R. "No dia seguinte, não trocamos telefones, nada. Foi pura atração física. E foi muito gostoso." Nem todas as experiências, claro, são prazerosas. "Às vezes, o cara não é legal, e no dia seguinte dá uma sensação ruim, meio de nojo. Mas passa." R. também mantém relações eventuais com outro parceiro bem comum entre as adeptas do sexo casual: o ex-namorado. "Quando um dos dois está a fim, liga para o outro", conta. "Sem sentimento e sem esperança de voltar." A vantagem desse tipo de parceria é a baixa expectativa – além do conhecimento do histórico médico dele. A desvantagem é o vai-e-vem derrapar para um relacionamento mal resolvido. "Eu tenho o que chamo de 'amigos de manutenção', rapazes que já conheço e com quem rola quando dá vontade. É melhor do que sair com desconhecidos", acredita M., universitária carioca de 24 anos.

Como a coisa rola

• O sexo casual normalmente acontece depois de uma noitada numa boate com muita bebida. Locais mais comuns: carro, praia, lugares públicos.
• Para aventuras, elas preferem desconhecidos ou "os amigos da noite", com quem mantêm uma amizade superficial.
• Os atributos físicos e a perícia amorosa do eleito contam mais do que qualquer coisa.

Perguntas sobre sexo sem compromisso eram recorrentes no recém-extinto programa Peep, da MTV, no qual as apresentadoras Didi Wagner e Penélope Nova e o médico Jairo Bouer respondiam a dúvidas sobre questões sexuais. "O fato de uma garota querer ter uma noite de prazer, extravasar a libido, não é mais visto com maus olhos", acredita Didi. Que o diga Viviane Silva, hostess de um bar na Vila Olímpia, em São Paulo, reduto de jovens de classe média onde as garotas estão cada vez mais desinibidas. "Elas chegam em grupo e pedem que eu as coloque em uma mesa perto de homens bonitos", entrega. A freqüentadora Camila Moreira, 21 anos, aspirante a cantora, dá nome e sobrenome e comenta abertamente o assunto – até com certo tom de desafio. "Saio à noite para 'caçar', sim, e faço sexo sem compromisso numa boa. Uma vez transei com um cara no banheiro de uma danceteria. Não sabia nem o nome dele", conta. Quais os pré-requisitos de um "ficante", como são chamados os parceiros eventuais? "Ser bonito, beijar bem e saber tocar uma mulher", lista. "Muitas meninas até gostariam de um relacionamento mais profundo, mas não acham homens dispostos a isso", analisa a terapeuta Cláudia Marra, do Instituto Kaplan. "Aí, descobrem que o prazer pode ser algo mais objetivo e concreto." Nem por isso deixam de tomar cuidado – muito cuidado – para não divulgar sua opção pelo sexo casual para além do clubinho de amigas que fazem o mesmo. "Transar com vários homens do mesmo grupo ainda dá o que falar", diz S., carioca, 20 anos, estudante de direito. "Por isso, sempre escolho bem as minhas aventuras." Em tempo: todas as garotas entrevistadas para esta reportagem juram por tudo que é sagrado que exigem do parceiro o uso de camisinha. Por precaução, também carregam um estoque na própria bolsa.

Ariel Kostman

Colaborou Silvia Rogar,
do Rio de Janeiro

21 de fevereiro de 2011

Mulher de fases

Homens enquanto moleques gostam é de pontuar. Mulheres enquanto meninas gostam de contar para as amigas. O amadurecimento natural das pessoas acaba levando todos a mudarem seus interesses, mesmo que alguns mais tardiamente. Aos 16, você quer saber é de beijar na boca, seja no cinema ou numa micareta do chiclete. Aos 25 anos, você provavelmente - mesmo que subconscientemente - analisa e calcula as chances de acabar na cama com a pessoa que você se envolver numa balada. Aos 30, pára e pensa se haverá futuro com a pessoa com a qual você está se relacionando, se você se vê casado e tendo filhos com ela. Aos 40, se solteiro(a), começa a bater o desespero de não ter formado família ainda...e assim vai, até o final da vida.
Para melhor exemplificar, podemos analisar as fases da mulher sob a perspectiva do gráfico abaixo (vou ficar devendo uma análise aprofundada sobre o homem...mas provavelmente o gráfico seria linear no 100%):

Mulher de fases: (*Por motivos éticos, o gráfico começa a partir dos 18 anos)

Fase 1 - Durante a faculdade (de 18 a 23 anos)
- Nesse período, a mulher ainda está se descobrindo e se soltando aos poucos. Vê-se uma acentuada tendência de crescimento da curva de Propensão ao Jeb* porque se trata da iniciação sexual.

Fase 2 - Pós-faculdade (entre 24 e 29 anos)
- Mais madura e consciente do seu corpo, a mulher atinge um pico de sensualidade e segurança em relação ao jeb após a faculdade. As experiências adquiridas ao longo do curso são essenciais para a libertação da "estrelinha". A ausência daqueles manés no fundo da sala a te chamarem de piranha toda vez que chegar de cabelo molhado na aula, contribui para a queda destes e outros tabus.

Fase 3 - Esperança de Casar (entre 30 e 35 anos)
- Nessa fase a mulher tende a olhar para o futuro e acreditar que todo parceiro sexual é o homem de sua vida ou o príncipe encantado que será pai de seus filhos. Com isso, há um recuo quase que nupcial da curva Propensão ao Jeb* decorrente do efeito "Será que vou casar?".

Fase 4 - There's no time to waste (36 aos 42 anos)
- Caso a mulher continue solteira, sobrevivendo à fase 3, a mesma começa a querer "repor o tempo perdido". Por ter se resguardado para um príncipe-da-novela-das-8 que não apareceu, a libido volta com tudo e faz com que a mulher veja até no pedreiro do vizinho, um potencial procriador.

Fase 5 - Fiquei pra tia! (43 a 48 anos)
- Tem início a fase da pré-menopausa e a temida chegada do marco de meio século vivido. A crise dos 50 anos bate com força e a mulher, em meio à confusão de hormônios da idade, quase deixa a peteca cair, voltando a patamares de Propensão ao Jeb* comparáveis aos da inocente adolescência.

Fase 6 - Efeito Suzana Vieira (49 a 53 anos)
- Solteira e bem-resolvida, nessa idade a mulher se depara com o efeito Suzana Vieira (também conhecido na psicologia como Mal de V. Fisher), achando que é a garotona do pedaço e que pode namorar bofes de 20 e poucos anos mostrando o mamilo esquerdo a torto e a direito.

Fase 7 - Bye Bye Libido (54 a 59 anos)
- A libido sofre queda drástica e a curva de Propensão ao Jeb* tem seu maior retrocesso. A novela das 8h e o dominó ficam gradativamente mais tentadores que o antigo vibrador-companheiro-de-bolsa.

Fase 8 - Quase deitando (60 anos em diante)
- O atingimento da terceira idade garante bons lugares nos ônibus e metrôs, entrada de graça no cinema e vale fura-fila-de-banco. Lá pelas tantas, aos 90 anos, em geral a mulher tende a sofrer com o efeito Dercy que é o último lampejo de desejo da mulher (acompanhado de muitos palavrões libidinosos).
Qualquer sugestão de gráfico para os homens é bem-vinda. Mas acredito que com o advento do Viagra essa curva está cada vez mais linear, a contar do primeiro choro do bebê.

6 de fevereiro de 2011

Mulheres solteiras procuram homens casados

Especialistas explicam o que faz alguém manter um relacionamento com uma pessoa comprometida

Mulher solteira que ama homens casados: qual é a razão?

Algumas mulheres solteiras procuram homens casados e passam muito tempo nestas relações. Qual será o motivo do interesse por um homem comprometido e com pouco tempo disponível? De acordo com uma pesquisa da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, as mulheres que se relacionam com homens casados os vêem como um porto seguro, mais dispostos a terem filhos e bem-sucedidos financeiramente.
“Para os homens comprometidos, a disponibilidade da mulher solteira é um atrativo fundamental. Na maioria dos casos, o homem casado joga a isca se colocando no papel de vítima de um casamento desgastado e dá à mulher solteira o papel de salvadora de seus problemas”, explica o psicólogo e psicoterapeuta de casal Antonio Carlos Amador Pereira, professor da Faculdade de Psicologia da PUC de São Paulo.

É comum a amante aceitar essa condição e se sentir importante e desejada, ainda que isso signifique estar sempre em segundo plano, disponível nos momentos em que o homem comprometido encontra uma brecha na agenda. “A questão é que, em geral, o homem casado que tem uma amante alimenta uma ilusão para sustentar o relacionamento extraconjugal. A mulher solteira acaba sendo levada pela situação e não se dá conta de que este homem é incapaz de resolver suas relações afetivas de forma clara”, completa o psicólogo.

Segundo a psicoterapeuta Marina Smith Eberlein, da USP, o triângulo amoroso pode ser tentador para a mulher competitiva, cujo comportamento busca repetir uma situação infantil na qual ela disputava a atenção do pai com a mãe. “Essas mulheres estão mais fixadas na rival do que no parceiro propriamente dito”, explica.

Para a terapeuta de Casal e Família Magdalena Ramos, autora do livro “Casal e família como pacientes” (Editora Escuta), a mulher que é a outra não costuma enveredar por este caminho triangular de forma consciente. “Não há nada pré-determinado na busca pelo homem comprometido, até porque a paixão é algo que não se escolhe. É incontrolável”, explica.

Segundo a terapeuta, antigamente era bem menos comum o homem casado se separar para ficar com a amante. Hoje em dia, ele não só larga a esposa como vai parar nos braços da outra com muito mais facilidade - algo que está vinculado à cultura menos rígida dos tempos atuais. “No início, ela se sente realizada pela conquista, mas viver a dois pode acabar tornando a relação sem graça. Os papéis se invertem e ela vira a esposa”, completa.

4 motivos que levam mulheres solteiras se relacionarem com homens casados:

- Autoestima enfraquecida. A mulher aceita o pouco de atenção que recebe e não se acha merecedora de mais afeto

- Gosto pelo papel de "salvadora" do homem. Ele se coloca no papel de vítima, com um casamento problemático, e ela se sente a escolhida para "salvá-lo" da situação

- Tendência competitiva. Em geral, está relacionado com problemas mal resolvidos na infância, como o ciúme do pai e a inversão de papéis com a mãe. Neste caso, a mulher se preocupa mais com a rival do que com o parceiro

- Atração pela  imagem de "porto seguro" do homem casado. Ele é visto como alguém que tem filhos, família e é bem-sucedido

Paulo Oliveira, especial para iG

3 de fevereiro de 2011

Mulheres traem e colocam a culpa nos homens, diz pesquisa

Falta de amor, romance e atenção são os fatores que levam a traição
Quando o assunto é traição a polêmica é inevitável. Entre os que pensam que uma atitude dessas não é digna de perdão há sempre os que aceitariam dar uma segunda chance. Pesquisa realizada com 1.279 pessoas da classe média do Rio de Janeiro mostrou que a principal justificativa para a traição feminina é a insatisfação com o parceiro. A autora do estudo é a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de vários livros sobre o assunto, entre eles "Por que homens e mulheres traem?".

De acordo com os dados levantados pela especialista, quase a totalidade das mulheres entrevistadas atribuem a culpa ao homem dizendo que faltava amor, romance e atenção. Algumas alegaram ainda vingança e melhora da auto-estima. As respostas dos homens foram completamente diferentes. Simplesmente disseram que traem por instinto, atração física e vocação.

Diante da pergunta "Se você traísse contaria ao seu parceiro/a?", a resposta foi de que apenas 47% das mulheres teriam coragem de assumir que foram infiéis, enquanto que 60% dos homens declarariam a traição. "Para as mulheres a falta de intimidade emocional com os parceiros é uma das maiores barreiras para que elas assumam uma traição, já para os homens seria a falta de compreensão por parte das parceiras", disse a antropóloga.

E quando se fala em perdão os homens são os mais durões. A pesquisa mostrou que apenas 40% deles disseram que perdoariam a parceira numa situação hipotética de traição. Já 80% das mulheres aceitariam seus parceiros de volta. "Essa dureza masculina se deve ao fato de que para os homens a pior situação que existe é se passar por corno", afirma Mirian.

Segundo dados do IBGE um índice de 71% das separações solicitadas por mulheres são motivadas por traição masculina. "Todos esses dados só nos mostram que em relação à infidelidade ainda há um privilégio masculino, já que ele é o único que se percebe e é percebido como sujeito da traição. Enquanto a mulher, mesmo quando trai, continua se percebendo como uma vítima", conclui a antropóloga.

Mulheres traem mais dos que os homens nas férias

Uma pesquisa feita pelo site inglês IlicitEncounters apontou que as mulheres traem mais quando estão de férias, mesmo ao viajar com os maridos. A novidade não se deve ao fato das mulheres traírem, mas, sim, a de que quando as elas viajam sozinhas são mais propensas a cometer adultério do que os homens na mesma situação.

O site brinca que a culpa é do sol e do aquecimento global que funcionam como afrodisíacos.

O estudo indicou que 63% das mulheres preferem passar seus dias de descanso ao lado do amante ao invés dos maridos. As locações prediletas são praias e ilhas exóticas, com as Maldivas situadas no Oceano Índico ao sudoeste do Sri Lanka e da Índia. Uma das características mais fortes que levam a traição segundo a pesquisa é a monotonia e falta de emoção na relação a dois que depois de alguns anos pode cair no marasmo.

Sabia que dor de amor realmente existe?

A dor é a causa e não um sintoma, é preciso levá-la a sério
Para quem já derramou muitas lágrimas após o término de um relacionamento ou já passou por pelo menos uma grande decepção amorosa a pergunta a cima é fácil de ser respondida. "Amor, quando não correspondido, dói, e dói muito", afirma a estudante Caroline Aranha, que assim como outras tantas adolescentes fala sobre suas decepções amorosas em uma das comunidades sobre o assunto da rede social Orkut. Mas a questão é, será que patologicamente não existe mesmo uma dor resultante dos problemas relacionados a esse sentimento tão intenso que é o amor?

Segundo a médica e diretora da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, Fabíola Peixoto Minson, dor de amor existe. "O sentimento de tristeza profunda gera dor física, que leva ao sofrimento psicológico. Este, por sua vez leva a dor em um círculo vicioso". A médica ainda alerta para o fato de que é preciso considerar a dor como algo extremamente importante, "já que ela é a causa e não um sintoma de um problema", disse.

Para a psicóloga Sofia Morais, a dor também é considerada como uma patologia, e como toda doença é possível de ser tratada. "Compartilhar as experiências vividas com outras pessoas, mesmo que seja virtualmente, é uma ótima maneira de organizar os pensamentos e, consequentemente, as dúvidas e conflitos que a pessoa traz dentro de si", afirmou.

Já a terapeuta Thais Accioly propõe outra solução. "O amor em si não dói, é cura e equilibra. O que causa dor é o final de um relacionamento ou a não realização de um sonho, ou ainda, o orgulho ferido e a decepção, portanto, na causa está a própria cura. É através do amor que podemos curar essa dor", disse.

Redação Terra

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