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21 de maio de 2015

Conheça a frequência com que mulheres casadas e felizes fazem sexo

Estamos falando sobre quantidade não qualidade! O que é bem triste.

Uma nova pesquisa levantou estatísticas para medir a vida sexual de casais - porque todos nós desejamos que o nosso relacionamento seja algo a mais do que a união sem paixão de duas pessoas que basicamente decidem de quem é a vez de lavar a louça após o jantar.

Depois de consultar os dados de 400 mulheres casadas, o psicoterapeuta e escritor M. Gary Neuman, da Flórida, nos Estados Unidos, descobriu que a questão do sexo entre casais diz mais respeito à frequência do que satisfação e prazer, relata o site Business Insider. O resultado constata que mulheres casadas e felizes fazem sexo 11 vezes por mês enquanto mulheres casadas e infelizes fazem sexo de três a quatro vezes por mês :(

E entre nós, brasileiras, como anda a rotina sexual na cama, hein?! Conta pra gente qual a frequência de sexo no quarto do casal a cada mês nos comentários abaixo!

Escrito por: Laís Barros Martins (colaboradora) Atualizado em 19/05/2015

1 de maio de 2015

Masturbação é natural mesmo para quem vive relação fixa

Tocar-se para obter prazer não significa que o sexo com o parceiro esteja ruim

A masturbação não é apenas uma prática adolescente de quem acabou de descobrir a própria sexualidade. O prazer solitário continua existindo, mesmo para aqueles que estão em um relacionamento fixo. Falar sobre o assunto ainda representa um tabu para muitos casais, que, às vezes, encaram o ato como um concorrente à vida sexual.

"É muito normal. E seria ainda mais se o processo de masturbação fizesse parte dos jogos sexuais dos dois, sem que isso perturbasse qualquer um dos parceiros", diz a médica urologista e terapeuta sexual Sylvia Faria Marzano, professora da pós-graduação em psicoterapia e psicotrauma sexual da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Goiás.
Apesar de ser algo natural e saudável no comportamento humano, nem todas as pessoas que namoram ou são casadas aceitam bem o fato de que o outro se masturba. Para algumas, segundo a urologista, isso representa, erroneamente, uma traição. "Esse é o grande problema, principalmente entre os casais heterossexuais", afirma.
Ter o hábito de se tocar para obter prazer não significa que o sexo com o parceiro esteja ruim. "Muitas pessoas que estão em relacionamentos afetivos e sexuais de qualidade, estáveis, sentem falta de um momento íntimo seu", declara a psicóloga e terapeuta sexual Ana Canosa, coordenadora da pós-graduação em educação sexual do Unisal (Centro Universitário Salesiano).
Para o escritor Ricardo Coiro, 28, de São Paulo, que namora há três anos, a prática não acontece pela falta da satisfação. "Não vejo a masturbação como algo contraditório ao sexo, mas como um complemento", fala.

Apesar de reconhecer que o tema é um tabu entre os amigos, ele não tem dificuldade de falar sobre o assunto com a namorada, que entende sua necessidade. "É um momento livre, em que você pode criar situações imaginárias e usufruir, sem culpa, do prazer gerado por esses pensamentos", diz Coiro.

Culpa e religião

Por influência da religião e também da medicina do século 19, a masturbação já foi vista como pecaminosa e causadora de doenças e distúrbios psicológicos. Apesar de essa concepção ter sido superada, sobretudo entre os profissionais de saúde, muitos ainda veem a prática como errada ou desnecessária em uma relação sexualmente ativa.
"O problema é quando se tem necessidade, mas há um impedimento religioso e cultural, que leva à culpa quando a pessoa a pratica", afirma o psicólogo Paulo Rennes Marçal Ribeiro, coordenador do mestrado em educação sexual e do Nusex (Núcleo de Estudos da Sexualidade) da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
A vontade de se masturbar muda de intensidade conforme cada indivíduo ou fase da vida. Segundo o psicólogo, à medida que as pessoas amadurecem em termos sexuais, vão substituindo a masturbação pela relação sexual. "Sem abandoná-la total e necessariamente", fala Ribeiro.
Historicamente, a masturbação sempre foi mais reprimida entre as meninas. "A nossa cultura incentiva o contato do homem com seu pênis, enquanto afasta as mãos da mulher de seu clitóris", diz Paulo Rennes.
Na vida de casal, é comum que a masturbação seja escondida. Para alguns homens, saber que a parceira busca esse prazer pode gerar insegurança quanto a própria performance sexual.

Entre as mulheres, a principal preocupação costuma ser se o namorado ou marido fantasia com outras. "A masturbação mostra que o desejo sexual é autônomo, independe da relação de amor. Ou seja, se meu parceiro tem tesão sem a minha presença, não tenho domínio algum sobre ele", declara Ana Canosa.
Para Ricardo Coiro, é ingenuidade demais de algumas mulheres achar que o homem só imagina a namorada enquanto se masturba. "Só transo com ela, seria muito pedir para me tocar pensando só nela", diz o escritor, sem medo de se expor.

Além da conta

Para a médica Sylvia Marzano, o autoerotismo é benéfico para o relacionamento, pois estimula a fantasia e contribui para a satisfação sexual mútua, seja o ato solitário ou a dois.
A masturbação somente vira um problema quando passa a ser a fonte única de prazer, torna-se mais importante que o sexo ou acontece de forma excessiva e descontrolada. "O que pode ocorrer é que essa atividade, sendo rápida e em geral escondida, faça com que o homem tenha uma ejaculação muito rápida ou outro tipo de disfunção sexual", afirma a urologista e terapeuta sexual.
O hábito de chegar ao orgasmo sempre pela masturbação também é capaz de produzir o efeito contrário. "Pode gerar casos de ejaculação retardada, em que o homem só consegue gozar na masturbação e não com a penetração", diz Ana Canosa.

Yannik D´Elboux
Do UOL, no Rio de Janeiro

21 de abril de 2015

Dez coisas são encaradas como traição, mas não deveriam

1/12: Os casais têm acordos --explicitamente combinados ou implícitos-- que regem a relação. No entanto, algumas circunstâncias do dia a dia podem colocar o relacionamento à prova sob o peso da palavra "traição", mas não deveriam. Veja, a seguir, dez situações que não deveriam ser levadas tão a sério. Por Heloísa Noronha, do UOL, em São Paulo.

2/12: FLERTAR COM OUTRA PESSOA EM UMA FESTA: se a situação se limita somente à troca de olhares, sem nenhuma real intenção de ter qualquer tipo de envolvimento com a pessoa, qual é o problema? Trata-se de uma paquera inocente, que não só eleva a autoestima de quem pratica como serve como combustível para impulsionar a libido do casal, principalmente para aqueles que estão em uma relação longa. Pode ser encarada como uma brincadeira, sem nenhuma consequência, que ajuda quem é mais reprimido a tomar uma atitude mais ousada e divertida com o par.

3/12: VER PORNOGRAFIA: hoje, com a profusão de imagens, filmes e vídeos eróticos disponíveis na internet, todo mundo pode consumir pornografia facilmente. E esse fato jamais deveria ser considerado uma traição, principalmente se não provocar desinteresse ou afastamento entre o casal. Não há contato físico com os atores das produções e, na maior parte das vezes, trata-se de curiosidade, mesmo. Além disso, o material pode servir de incentivo para o casal conversar mais abertamente sobre sexo e colocar em prática suas fantasias.

4/12: IR A HAPPY HOURS SEM O PAR: é o tipo de programa que costuma ser visto com implicância por parceiros controladores e inseguros, que veem qualquer situação da qual não participam como uma ameaça. As possíveis tentações, no entanto, são mais frequentes na cabeça do ciumento do que na realidade. E há, ainda, uma sugestão implícita, bastante difundida por nossa cultura e pela Igreja Católica, que as duas partes de um casal devem se tornar um só. Perder a individualidade em prol da relação parece romântico. Mas, na prática, podar o par e afastá-lo de pessoas e atividades dos quais a pessoa gosta pode, pouco a pouco, sufocar e acabar com o romance. Viver situações sociais fora do vínculo afetivo é saudável e estimulante para os dois.

5/12: MANTER CONTATO COM "EX": se houver filhos, por exemplo, haverá a necessidade constante de contato, e aceitar o isso é uma obrigação. E o fato de ser avisado sobre a comunicação com o antigo par (com ou sem filhos) deveria ser encarado como um voto de confiança, como uma prova de que não há nada a ser escondido entre o casal. Um ex-casal pode manter uma amizade, sim. Obviamente, as intenções dos envolvidos devem ser consideradas, pois qualquer situação que possa desestabilizar a relação deve ser discutida e avaliada pelo casal

6/12: CURTIR FOTOS E FAZER ELOGIOS NAS REDES SOCIAIS: estamos vivendo em uma sociedade com estímulos visuais, vindos de todos os cantos. É natural que uma ou outra imagem em uma rede social chame a nossa atenção. Curtir e fazer um elogio, para muita gente, é algo que faz parte de seu estilo de sociabilização virtual. Se não houver uma segunda intenção nos comentários e se essa atitude é comum com várias pessoas, não há necessidade de se preocupar

7/12: OLHAR PARA ALGUÉM NA RUA: para muitos, olhar para uma pessoa atraente é algo automático, mecânico e sem nenhuma intenção. Acusar uma pessoa de infidelidade ou de ter vontade de trair apenas por ter olhado alguém na rua é uma atitude infantil e exagerada. Se o par tem um histórico de infidelidade e atitudes desrespeitosas, mais importante do que brigar é repensar a relação e se perguntar se vale a pena mantê-la.

8/12: O PAR TER UM(A) AMIGO(A) QUE VOCÊ CONSIDERA UM(A) CONCORRENTE: muitas amizades nasceram antes de relacionamentos amorosos e, embora seja muito difícil de aceitar para alguns, são fortes, duradouras, afetuosas e bastante íntimas. Nem por isso, no entanto, indicam que vão se transformar em um romance. É preciso aceitar que existem fatos da vida do amigo que o par não vai contar para você, por respeito e lealdade a ele (ou ela). Aceite que, certamente, seu par não lhe conta tudo o que pensa e sente, pois algumas coisas são divididas apenas com amigos. E você deve fazer o mesmo com os seus, certo?

9/12: USAR BRINQUEDOS ERÓTICOS A SÓS: a sexualidade de qualquer pessoa não se restringe aos momentos divididos com o parceiro. A masturbação, com ou sem apetrechos sexuais, é um exercício saudável e importante de autoconhecimento que não substitui a relação sexual com o par. Além disso, pessoas que se dispõem a conhecer o próprio corpo, em geral, são melhores na cama, pois sabem quais são seus desejos e tendem a querer desvendar os alheios.

10/12: FAZER GRACINHAS COM COLEGAS DE TRABALHO: as pessoas passam a maior parte do seu tempo no trabalho. Então, nada mais natural que amizades se desenvolvam, algumas com uma dose extra de intimidade do que outras. Piadas, gracejos e brincadeiras, alguns maliciosos ou de duplo sentido, não significam necessariamente desrespeito ao par ou são sinal de uma intenção sexual

11/12: TER FANTASIAS ERÓTICAS COM OUTRAS PESSOAS: trata-se de uma circunstância inerente à sexualidade humana, que não diz respeito às demais pessoas. Fantasiar é uma coisa, concretizar é outra bem distante. E, acredite, é provável que muitas das fantasias sexuais acabem colaborando com a relação do casal. Apenas merece atenção se a fantasia torna-se algo extremamente necessário para obter prazer ou comprometa a vida a dois de alguma forma.

12/12: ESPECIALISTAS CONSULTADOS: Eduardo Ferreira-Santos, psiquiatra, psicoterapeuta, doutor em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e autor dos livros "Ciúme -- O Medo da Perda" (Ed. Claridade) e "Ciúme -- O Lado Negro do Amor" (Ed. Ágora); Luiz Cuschnir, psiquiatra, psicoterapeuta, coordenador do Gender Group do Ipq-HC (Grupo de Psicoterapia sobre Gêneros para Homens e para Mulheres do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo) e autor de vários livros sobre relacionamento, entre os quais "Ainda Vale a Pena" (Ed. Planeta); Maria de Melo, psicóloga formada pela USP (Universidade de São Paulo), especialista em análise reichiana e autora dos livros "A Coragem de Crescer" (Ed. Ágora) e "Vida a Dois" (Ed. Mandarim)

28 de março de 2015

Pensamento erótico é melhor aliado do orgasmo feminino

Mulheres com dificuldades de chegar ao orgasmo têm pensamentos menos eróticos e se concentram menos nas sensações do corpo durante a relação sexual

Esqueça as preliminares. A chave para um bom sexo está principalmente na cabeça da mulher. De acordo com um estudo do Laboratório de Pesquisa da Sexualidade Humana da Universidade de Ottawa, no Canadá, são os pensamentos eróticos que ajudam a chegar ao orgasmo. Os dados são do jornal Daily Mail.

Os cientistas entrevistaram mulheres que tinham problemas para atingir o clímax regularmente com o parceiro e também as que não tinham essa dificuldade. Constatou-se que as com dificuldades para ter orgasmos apresentavam menos pensamentos eróticos e se concentravam menos nas sensações do corpo durante a relação sexual. Por outro lado, o nível de pensamentos eróticos se iguala quando as mulheres se autoestimulam, sem o parceiro por perto, registrando aumento naquelas com dificuldades orgásticas.

Foi possível notar uma espécie de curva de aprendizado quando se trata da capacidade de atingir um orgasmo, com as mais velhas relatando muito menos dificuldade que as mais jovens. Sem surpresas, as com facilidade para chegar ao ápice relataram menos estresse e mais prazer em relação à vida sexual no geral.

As constatações podem ajudar no tratamento de mulheres que sofrem com problemas de disfunção sexual. Pode ser que formas de treino mental sejam altamente eficazes para algumas.

15 de março de 2015

Sexo deixa mais inteligente? Descubra 10 curiosidades

Pesquisas mostram que atividade sexual faz a pessoa ficar com aparência mais jovem e ter vida longa

Sabe aquela desculpa de que não pode fazer sexo porque está com dor de cabeça? Pois ela está com os dias contados, já que o ato é ótimo para combater o incômodo. Tem gente que diz que chocolate é melhor que sexo, mas, na verdade, a delícia é uma aliada dele, uma vez que aumenta a libido. Já pensou em pedalar para melhorar a vida sexual? Essas são algumas das curiosidades inusitadas de pesquisas recentes sobre a diversão entre quatro paredes. Confira:

Chocolate

Quer uma noite especial? Então, deixe de lado flores e joias e dê chocolate à parceira. De acordo com um estudo italiano publicado no The Journal of Sexual Medicine, a iguaria pode elevar os níveis de desejo, excitação e satisfação sexual.

A pesquisa mostrou que as voluntárias que consumiam pelo menos um cubo de chocolate por dia tinham libido mais ativa e melhor função sexual do que as que não degustavam a iguaria. Isso ocorre porque o doce tem um composto chamado feniletilamina, que libera as mesmas endorfinas que inundam o corpo durante o sexo e intensificam sentimentos de atração entre duas pessoas.

Bicicleta

De acordo com pesquisa da campanha Cycle to Work Day (em tradução livre, Dia de Andar de Bicicleta até o Trabalho), do Reino Unido, pedalar até o trabalho pode melhorar a vida sexual, o relacionamento e a vida profissional.

O levantamento contou com dados de 2,5 mil ciclistas e constatou que 89% acreditam que fazer o trajeto entre o escritório e a casa na “magrela” permite que se desliguem dos afazeres do trabalho e tenham melhor estado de espírito para conviver com parceiros, amigos e familiares.

Vídeo pornográfico

Se você relaciona o costume de ver muita pornografia com vida sexual insatisfatória e solitária, saiba que está enganado. Segundo um estudo do site de webcams para adultos Cam4.com e do instituto francês de pesquisa Ifop, o consumo de material adulto é maior entre pessoas com mais parceiros sexuais ou que fazem sexo com mais frequência.

O levantamento conta com dados de 1.023 adultos americanos e mostrou que 90% dos homens e 60% das mulheres já viram ou veem pornografia. Constatou-se também que 53% dos voluntários assistem aos vídeos eróticos com o parceiro e 66% disseram que veriam com o companheiro, se solicitado. 

Inteligência

O sexo pode tornar a pessoa mais inteligente e melhorar a memória de longo prazo, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Estudo em ratos de meia-idade constatou que produziram mais novas células cerebrais no hipocampo, onde as memórias de longo prazo são feitas, após o acasalamento. Os cientistas também ligaram a atividade sexual frequente com o aumento da capacidade intelectual. No entanto, os benefícios foram perdidos ao impedir o coito.

Atividade física

Se você não gosta de ir à academia, que tal trocá-la por sexo? De acordo com uma pesquisa da Universidade de Quebec, no Canadá, uma hora de romance entre quatro paredes queima quase a mesma quantidade de calorias que 30 minutos de corrida na esteira.

Constatou-se que homens gastam 120 calorias em meia hora de sexo e as mulheres, 90. Isso representa pouco menos da metade do que eliminariam na corrida de meia hora. Em média, eles dão adeus a 4,2 calorias por minuto durante o sexo em comparação com 9,2 na esteira, enquanto elas queimam 3,1 no quarto contra 7,1 da corrida. Por breves períodos durante o sexo, alguns homens usaram mais energia do que na esteira.

Beleza

Quer manter a aparência jovem? Então, transe mais. Um estudo com mais de 3,5 mil homens e mulheres descobriu que aqueles que aparentavam de sete a 12 anos mais novos do que eram gostavam de fazer sexo três vezes por semana. A prática melhora a circulação e aumenta o suprimento de oxigênio na célula.

Sexo matinal

Se você anda de mau humor e não sabe como melhorá-lo, a solução é simples: ao acordar, continue na cama e pratique sexo matinal. De acordo com uma pesquisa da educadora sexual Debby Herbenick, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, o ato faz se sentir mais feliz ao longo do dia e ainda pode fortalecer o sistema imunológico.

A cientista disse que as relações sexuais no período da manhã liberam oxitocina, que tornam os casais mais amorosos e ligados. Também elevam os níveis de IgA, um anticorpo que protege contra infecções. Os benefícios não param por aí. Já ouviu dizer que transar deixa a pele, as unhas e o cabelo mais vistosos? Pois é a mais pura verdade. Isso porque aumenta as taxas do hormônio estrogênio.

Dor de cabeça

Esqueça a desculpa de que não pode fazer sexo porque está com dor de cabeça. Pode parecer difícil, mas a melhor forma para combater o incômodo pode ser fazer sexo em vez de tomar um remédio, de acordo com um estudo da Universidade de Munster, na Alemanha, publicado na revista Cephalalgia, da Sociedade Internacional de Dor de Cabeça.

Para chegar a essa conclusão, foram analisados mais de 400 pacientes e mais da metade dos voluntários afirmou que a dor diminuiu e um em cada cinco disse que o desconforto passou totalmente. Segundo os cientistas, a liberação de endorfinas durante o ato é o que promove o bem-estar.

Cansaço

Está sempre cansada? Sexo pode ser o segredo para melhorar o sono. De acordo com uma pesquisa britânica encomendada pelo Sanctuary Spa, 17% das mulheres dormem melhor após o sexo e 55% quando leem um bom livro.

Vida longa

Pessoas que fazem sexo duas vezes por semana têm 50% de chances de viver mais do que as que não fazem, de acordo com médicos da Universidade de Bristol, na Inglaterra. O que está esperando para praticá-lo mais?

21 de novembro de 2014

Pesquisas ajudam a manter a saúde da vida a dois

Apoiados em pesquisas, três especialistas - dois deles autores de novos livros sobre o tema - ajudam casais a driblar as dificuldades da vida a dois e manter a saúde do casamento.

As situações não são raras na crônica da vida a dois. Um vive implicando com o outro. Às vezes, um lado do casal fica nervoso e grita, deixando as coisas fora de controle. Ou ambos sempre tentam manter o tom civilizado, mas um deles tem a mania de esconder que empresta dinheiro para o irmão quase todo mês porque sabe que esse é um assunto delicado. Em compensação, os dois se amam, está na cara. Tanto que traição é um mal que nunca passou nem longe daquela relação. Será mesmo? A infidelidade conjugal possui outras formas além da famosa pulada de cerca. Pior: menos levadas em conta, elas podem ser tão devastadoras para o relacionamento quanto a escapulida sexual.

Uma nova compreensão de infidelidade - e também do seu antídoto, a confiança no parceiro - é explorada no mais recente livro do psicólogo e professor americano John Gottman. Em seu centro de estudos na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, apelidado de Laboratório do Amor, Gottman passou quase quatro décadas observando, minuciosamente, milhares de casais, das palavras ditas um ao outro à linguagem corporal e até as reações biológicas. O pesquisador estudou, inclusive, conversas domésticas e brigas. No livro O Que Faz o Amor Durar? (Fontanar), lançado recentemente no Brasil, o psicólogo mostra ser possível medir os níveis de confiança e de traição entre os cônjuges.

CLAUDIA ouviu John Gottman mais dois especialistas brasileiros sobre o assunto - o psiquiatra e psicoterapeuta Augusto Cury, autor de best-sellers, que acaba de lançar As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis (Academia), e a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex), do Hospital das Clínicas de São Paulo - e listou algumas verdades, que servem tanto para proteger relacionamentos prósperos quanto para resgatar casamentos em crise.

Traições devastadoras não são apenas sexuais

Elas costumam passar despercebidas ou ser minimizadas até mesmo pelo cônjuge que está sendo traído, mas podem ser tão perniciosas quanto a infidelidade sexual e arruinar um casamento. Alguns exemplos desse tipo de deslealdade? Desrespeitar o parceiro com atitudes ou palavras que o façam se sentir inferior. Mesmo que pareçam banais, como dizer na frente dos outros: "Você é idiota? Sempre esquece os óculos". Priorizar a carreira acima de qualquer coisa, incluindo o relacionamento, também é trair, assim como demonstrações de egoísmo, frieza ou incompreensão. Como diz o americano, um relacionamento sério é um contrato de confiança mútua, respeito e cuidado. Qualquer conduta que viole esse contrato é traição. Deslealdades, porém, ocorrem até nas relações mais harmoniosas. A diferença é que casais saudáveis e felizes buscam corrigir logo a mancada.

Confiança é princípio fundamental para o sucesso

Basicamente, a confiança existe quando um parceiro pensa nos interesses do outro como se fossem dele. Exemplos prosaicos do dia a dia ilustram bem como alimentar essa confiança: ele vai fazer compras no supermercado e traz a guloseima de que ela tanto gosta ou, então, se lembra de comprar o xampu que ela usa e já terminou. Tais atitudes mostram que um parceiro está pensando no outro e está interessado em se dedicar à relação. Se um lado está ligado apenas nas próprias necessidades, a confiança acaba abalada. Ou seja, a questão tem tudo a ver com quanto cada um está investindo emocionalmente no relacionamento.
Assim, para recuperar a confiança, é preciso retomar a sintonia, a conexão dos dois. Nesse caso, a técnica de Gottman consiste em levar os casais a incorporar o hábito de ter, com certa regularidade, conversas sinceras e profundas. Nesse sentido, ele propõe um cardápio de perguntas que um deve fazer ao outro: "Quais são seus planos? E seus medos? Doque você precisa para ser mais feliz? O que está preocupando você agora? Que sonhos ainda não realizou?" São questionamentos que levam, por exemplo, os parceiros a identificar se estão ou não caminhando na mesma direção, além do que precisa ser ajustado para fortalecer os laços.

Ninguém muda ninguém

Uma das regras de ouro dos casais saudáveis formuladas pelo psiquiatra Augusto Cury é justamente essa. Segundo ele, temos o poder de influenciar (e até piorar) os outros, mas não de mudá-los. Fazer críticas excessivas, sermões ou chantagens, impor punições e falar em voz alta ou berrar são estratégias negativas, que não funcionam. Como são atitudes de dominação, claro que não contribuem para o desenvolvimento de quem se ama. Relacionar-se é a arte de negociar e dialogar, lembra o especialista. É necessário encontrar um meio-termo para tudo que incomoda o casal. Para tanto, as conversas têm de ser sinceras, feitas de coração aberto. Pode ser difícil, mas vale tentar. "O incômodo asfixia a vontade de dividir, quebra a liberdade e deixa o humor para baixo. Faz parecer que aquilo será definitivo no futuro", diz Cury.

Assuntos mal resolvidos não podem se acumular

"Os maiores fantasmas que sabotam nossos romances e nossa qualidade de vida estão dentro de nós. Então, é fundamental domesticá-los", alerta Cury. Se não há como deletar o passado, ele pode ser ao menos reeditado, lembra o psiquiatra. Isso só é possível se criarmos espaço para um debate interior com nossos medos, culpas, ciúmes e impulsos. Para o americano Gottman, assunto bem resolvido é aquele que é discutido a dois com toda a calma. Quando as coisas ficam quentes, sua dica de sucesso é esperar passar ao menos 24 horas após o conflito para dar tempo de amenizar a raiva, a mágoa ou outros sentimentos negativos. Aí a conversa poderá ser sincera, prática e efetiva. "Você precisa ter uma distância emocional segura para abrir-se com o outro sem machucá-lo ou ferir-se mais ainda", observa. Por mais indigesta que seja, nenhuma questão deve ser varrida para debaixo do tapete. Ou virará ferida e, posteriormente, virá à tona em forma de chantagem ou instrumento de defesa.

Romance e sexo, uma prioridade

O americano John Gottman avisa: não deixe o amor no pé da sua lista de coisas a fazer. E não se sinta mal de encaixar na agenda momentos para o sexo e o romance. Também nessa área é preciso se programar. "Se o parceiro ficar para o fim do dia, quando estiver exausta, após trabalhar e cuidar das crianças, a relação não terá qualidade." A seguir, dicas de especialistas para jamais parar de namorar.

Conversa boa

Segundo a pesquisa de Gottman, a comunicação entre os casais costuma ser falha, o que impacta a relação. O psicólogo instalou câmeras na casa de jovens casais e mediu o tempo de interação entre eles. Descobriu que, em uma semana, eles mantinham apenas 35 horas de conversas, o que ele considerou pouco. Mas quantidade não era a pior parte: os temas giravam em torno de questões enfadonhas, como contas a pagar. Por isso, é muito indicado que o casal tenha estratégias para se distanciar dos assuntos de ordem prática. "Eu e minha esposa planejamos uma vez ao ano uma lua de mel. Vamos a algum lugar sem as crianças e com celulares desligados, só para curtir um ao outro", conta Gottman, ao falar de Julie, sua parceira também no Laboratório do Amor. "Voltamos outros, refeitos." Romper com a rotina torna o parceiro mais interessante - e atraente na cama.

O que não tem preço

Para quebrar o que chama de "o cárcere da rotina", Cury propõe dar aquilo que o dinheiro não compra. Isso significa dizer palavras carinhosas, acolhedoras e que encantam a quem se ama, como "obrigado por você existir" ou "o que posso fazer para torná-lo mais feliz?". Para a psiquiatra Carmita Abdo, no sexo a ideia é que a relação se torne cada vez mais equilibrada e criativa. "Pode ser mudando o lugar dentro de casa mesmo: transar um dia no quarto, outro na sala, na cozinha...", diz. "Ou fugir em um fim de semana para uma pousada, experimentar brinquedos juntos e testar posições até descobrir as mais prazerosas para ambos."

Resgate do toque

Casais devem se esforçar para manter a amizade e a intimidade. Para tanto, tocar a pessoa que se ama no dia a dia é poderoso. "Abraçar, beijar, fazer carinho, massagem... Isso libera o que chamamos de hormônio da afeição", diz Gottman. A ideia é ser como os recém-casados, que falam e fazem sempre coisas deliciosas um para o outro e não conseguem desgrudar.

Sintonia fina

O empenho é dos dois. "Outro dia, minha esposa me ligou dizendo que havia comprado um vestido sexy. Eu a convidei para ver um filme e jantar usando a roupa nova. Saímos, andamos de mãos dadas, sentamos juntinhos no cinema, trocamos olhares à mesa", conta Gottman. Para Carmita, é natural que, com o tempo, a frequência do sexo diminua e o repertório perca exuberância. Também ocorrem divergências de gênero. Para o homem, querer mais sexo, em geral, é simples. Para a mulher, exige empenho, dedicação. "É preciso entender os limites e a vontade do outro", diz. Assim, os dois entram em sintonia e começa um círculo virtuoso: a lembrança de um bom momento leva o casal a querer repeti-lo, propiciando uma vida sexual mais ativa.

 

Atualizado em 14/11/2014

Bell Kranz e Isabella D'Ercole

28 de junho de 2014

Sem sexo em casa

A questão da semana é o caso da internauta cujo marido nunca quer fazer sexo. Ela não sabe se o abandona ou arranja um amante. Não tenho dúvida de que o sexo no casamento é o maior problema enfrentado pelos casais.

Todos os dias, os sete bilhões de habitantes do planeta mantêm 120 milhões de relações sexuais. Numa pesquisa o sexólogo colombiano Heli Alzate concluiu que 99% das relações sexuais de um casal, durante sua vida conjugal, são para a busca do prazer. Embora, muito diferente de outras épocas, em que a função do sexo no casamento era a reprodução, em grande parte dos casos esse prazer não é encontrado.

Durante um longo período, o casamento visou apenas à união econômica e política das famílias, nunca tendo sido considerado lugar de amor. Acreditava-se que era algo muito sério para se misturar a emoções tão fugazes. Por isso marido e mulher eram proibidos de se lançarem um ao outro com ardor.

No século 12 havia o consenso de que entre o casal poderia haver estima, mas nunca amor, porque o amor sensual, o desejo, o impulso do corpo seria a perturbação, a desordem. Contudo, as mulheres não podiam se esquivar do dever conjugal e deveriam, portanto, se dobrar às exigências do marido.

A ausência de desejo no casamento só passou a ser problema quando, recentemente, o amor e o prazer sexual se tornaram primordiais na vida a dois e se criaram expectativas em relação a isso. Jornais, revistas e programas de TV fazem matérias, tentando encontrar uma saída para a falta de desejo sexual no casamento. Como resolver a situação de casais que, após alguns anos de vida em comum, constatam decepcionados terem se tornado irmãos?

Alguns dizem que é necessário quebrar a rotina e ser criativo, o que não passa de um equívoco. É o desejo sexual intenso que leva à criatividade, e não o contrário. Quando não há tesão, a pessoa só quer mesmo dormir. Outros dão sugestões concretas: ir a um motel, viajar no fim de semana, visitar uma sex-shop. Contudo, quem se angustia com essa questão sabe que as sugestões apresentadas de nada adiantam. Desejo sexual não se força, existe ou não.

Ao contrário do que pensam alguns internautas que comentaram a questão, não significa que a mulher tenha naturalmente menos desejo sexual que o homem. Estudos recentes mostram que a sexualidade de ambos os sexos é fisiologicamente parecida. Assistindo a um filme com estímulos sexuais, a vagina fica tão intumescida quanto o pênis.

Apesar de a maioria das mulheres desejarem relacionamentos românticos, pesquisas do sexólogo americano Jack Morin mostraram que quando se trata de produzir excitação sexual, o sexo explícito é o que deixa as mulheres com mais desejo, como acontece com os homens.

Mas o número de homens que perdem o desejo sexual no casamento é bem menor do que o de mulheres. Para cada homem que não tem vontade de fazer sexo há, pelo menos, três mulheres nessa situação. Alguns fatores podem contribuir para isso.

Em primeiro lugar, o homem, na nossa cultura, é estimulado a iniciar a vida sexual cedo e se relacionar com qualquer mulher. Outra razão seria a necessidade de expelir o sêmen e, por último, a sua ereção seria mais rápida do que a da mulher, na medida em que necessita de menos quantidade de sangue irrigando seus órgãos genitais.

Mesmo que os dois se gostem, a rotina, a excessiva intimidade e a falta de mistério acabam com qualquer emoção. Busca-se muito mais segurança que prazer. Para se sentirem seguras, as pessoas exigem fidelidade, o que sem dúvida é limitador e também responsável pela falta de desejo.

A certeza de posse e exclusividade leva ao desinteresse, por eliminar a sedução e a conquista. Familiaridade com o parceiro, associada ao hábito, podem provocar a perda do desejo sexual, independente do crescimento do amor e de sentimentos como admiração, companheirismo e carinho.

Não é necessário dizer que existem exceções, e que em alguns casais o desejo sexual continua existindo após vários anos de convívio. Mas não podemos tomar a minoria como padrão. O que fazer então? Penso que está mais do que na hora de homens e mulheres refletirem a respeito do modelo de casamento vivido na nossa cultura, se quiserem viver com mais satisfação e prazer.

Regina Navarro Lins

19 de janeiro de 2014

O que é normal e o que é doença da sexualidade?

Transtornos da sexualidade são divididos em três grandes grupos: disfunções sexuais, transtornos de identidade e transtornos de preferência, que afetam homens e mulheres. Há cura para alguns, outros exigem tratamento com psicoterapia e medicamentos

Lilian Monteiro - Estado de MinasPublicação:19/01/2014 16:39Atualização:19/01/2014 16:55

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O que é normal e o que é doença da sexualidade? O comportamento sexual humano é diverso e determinado por fatores controláveis ou não, que são influenciados desde o relacionamento de um indivíduo com outros, circunstâncias de vida, influência cultural até práticas consideradas transtornos patológicos que precisam de acompanhamento médico. Na mais recente edição do Congresso Brasileiro de Psiquiatria, em Curitiba, ocorrida no fim do ano passado, esse foi um dos temas de conferencistas que se debruçaram sobre diagnósticos e tratamentos. A psiquiatra Kie Kojo, especialista em sexualidade humana pela Universidade de São Paulo (USP), diz que é cada vez mais frequente a busca pela sexualidade satisfatória, uma necessidade básica e primordial para a saúde como um todo. "E tudo aquilo que cause alteração sobre essa sexualidade deve ser investigado, diagnosticado e tratado."

As disfunções sexuais são os transtornos sexuais mais prevalentes e a psiquiatra alerta que "essa incapacidade está presente em todas ou quase todas as relações sexuais por um período mínimo de seis meses causando sofrimento pessoal e ao parceiro"

Tendo como base a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), em vigor no Brasil desde 1993, Kie Kojo explica que os transtornos da sexualidade são divididos em três grandes grupos: disfunções sexuais, transtornos de identidade e transtornos de preferência. As disfunções sexuais englobam todo tipo de incapacidade de participar do ato sexual de forma satisfatória, seja pela falta, excesso, dor ou desconforto, falha nas respostas fisiológicas ou incapacidade de controlar ou experimentar o orgasmo. Por ser um tema delicado, mas pouco abordado no cotidiano, o Estado de Minas dá início hoje a uma série sobre o assunto.
As disfunções sexuais são os transtornos sexuais mais prevalentes e a psiquiatra alerta que "essa incapacidade está presente em todas ou quase todas as relações sexuais por um período mínimo de seis meses causando sofrimento pessoal e ao parceiro". Ela reforça que estudo realizado no Brasil pela professora Carmita Abdo indicou que 28,5% das mulheres apresentam algum tipo de disfunção, sendo as mais prevalentes o desejo sexual hipoativo, transtorno de lubrificação e anorgasmia. Entre os homens, 18,2% apresentam algum tipo de disfunção, sendo mais comuns a ejaculação precoce e a disfunção erétil.
Kie Kojo ensina que as disfunções são classificadas em primária, quando ocorrem desde o início da vida sexual, e secundária, quando começam depois de um período de vida sexual satisfatória. A generalizada ocorre em qualquer situação e/ou com todos os parceiros e a situacional em uma determinada situação e/ou com um determinado parceiro. Há ainda a orgânica, quando existe algum tipo de lesão física (como sequelas de cirurgias e sequelas do diabetes, etc.), e a psicogênica, na ausência de lesão, provocada por problemas emocionais, sendo a mais comum. "As disfunções tendem a ser mais graves quanto mais precoce for o bloqueio no ciclo de resposta sexual, composto por desejo, excitação, orgasmo e resolução. De uma forma geral, o bloqueio do desejo é mais complexo de tratar do que o bloqueio do orgasmo."
A especialista explica que as disfunções sexuais são desejo sexual hipoativo, aversão sexual, disfunção erétil, disfunção de lubrificação, anorgasmia, vaginismo, dispareunia, ejaculação precoce, compulsão sexual e disfunção sexual não especificada. "O tratamento deve ser individualizado, mas na maioria das vezes usamos a associação da terapia sexual com a psicofarmacologia", diz.
Em busca da própria identidade
O segundo grupo dos transtornos da sexualidade é chamado de transtorno de identidade sexual, caracterizado pelo desejo irreversível de viver e de ser aceito como pertencente ao gênero oposto. "A epidemiologia é controversa, mas estima-se que no Brasil a proporção seja de um transexual masculino para cada 40 mil homens e de um transexual feminino para cada 80 mil mulheres", diz a psiquiatra especialista em sexualidade humana pela Universidade de São Paulo Kie Kojo. Ou seja, não é tão comum. "A etiologia também é inconclusiva. Mas parecem existir fatores hormonais e genéticos (cromossômicos) envolvidos no desenvolvimento desses transtornos."

Conforme a psiquiatra, os transtornos de identidade sexual são transexualismo, transvestismo de duplo papel, transtorno de identidade sexual na infância e transtorno de identidade sexual não especificada. "O transexualismo é o transtorno de identidade mais conhecido, caracterizado pelo desejo de pertencer ao gênero oposto acompanhado de um intenso desconforto com o seu sexo anatômico, assim como o desejo de se submeter a tratamentos hormonais e de mudança de sexo para tornar seu corpo o mais parecido possível com o do gênero oposto. Esse desejo tem de persistir por no mínimo dois anos para ser caracterizado como transtorno. O tratamento exige equipe multidisciplinar, na maioria das vezes, e acompanhamento mínimo de dois anos. O sofrimento é tão intenso que alguns pacientes chegam a tentar o suicídio", acrescenta.
O transvestismo de duplo papel é o uso de roupas do gênero oposto durante parte da existência do indivíduo com o intuito de desfrutar a experiência de ser do gênero oposto, sem qualquer desejo de mudança de sexo ou de estimulação sexual. O indivíduo, neste caso, sente-se bem com o seu sexo anatômico. O transtorno de identidade sexual na infância é diagnosticado quando a criança apresenta uma angústia intensa e persistente com relação ao próprio gênero, junto com o desejo ou insistência de que é do gênero oposto. Ocorre, geralmente, antes da puberdade. "Dois terços dessas crianças na idade adulta terão como orientação sexual o homossexualismo. E apenas uma pequena parte delas se tornam transexuais." Já o transtorno de identidade sexual não especificada é tudo aquilo que não se encaixa nos demais.
CIRURGIA
Como o transexualismo é o transtorno mais conhecido e divulgado, Kie Kojo enfatiza que a cirurgia de redesignação sexual, ou transgenitalização, é feita gratuitamente no Brasil desde 1997, embora fosse restrita a hospitais-escola do setor público. Em 2008, ela passou a integrar a lista de procedimentos cirúrgicos do Sistema Único de Saúde (SUS). Recentemente, o Conselho Federal de Medicina autorizou clínicas particulares a fazer o procedimento. "Já não é necessário autorização judicial. É importante ressaltar que o procedimento é complexo e irreversível. Portanto, tem de ser feito de forma responsável e por equipe capacitada."
O terceiro grupo é o de preferência sexual, ou parafilia, que adota padrão de comportamento sexual considerado perversão, tema que será abordado na edição de amanhã. Deve estar presente por um período mínimo de seis meses causando sofrimento pessoal e interpessoal. "Estima-se que 1% da população no Brasil tenha algum tipo de parafilia, sendo mais comum no gênero masculino. Frequentemente se inicia antes dos 18 anos. As parafilias mais comuns são pedofilia, voyerismo, exibicionismo, sadismo e masoquismo."

15 de outubro de 2013

Estudo sugere que mulheres “farejam” a concorrência

Por Jennifer Viegas

O mero odor de uma mulher que está prestes a ovular é suficiente para aumentar o nível de testosterona de outra mulher, estimulando o desejo de competir. Essa é a conclusão de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual da Flórida e publicado na revista Evolutivo and Human Behavior.

“A ligação entre a testosterona, agressividade e competitividade é bem conhecida”, afirma o autor do estudo, o psicólogo Jon Maner. “Com base em nossos resultados, podemos especular que as mulheres expostas ao odor da ovulação podem se tornar mais agressivas ou competitivas”.

Maner e o co-autor James McNulty mediram o nível de testosterona de mulheres antes e depois de cheirarem camisetas usadas ​​por outras participantes do experimento, com idades entre 18 e 21 anos. Elas vestiram as camisetas quando estavam no período de alta fertilidade, nos dias 13, 14 e 15 do ciclo menstrual, e de baixa fertilidade, nos dias 20, 21 e 22.

Ao longo do estudo, as mulheres que vestiram as camisetas não mantiveram relações sexuais; tomaram banho com sabonete e xampu sem perfume; não usaram perfumes ou desodorantes; não fumaram e evitaram a ingestão de alimentos que produzem odor corporal, como alho e aspargos.

As mulheres que cheiraram as camisetas sabiam apenas que o estudo analisava “o quanto podemos saber sobre outra pessoa sem conhecê-la”, mas não como e quando as camisetas foram recolhidas.

As participantes expostas ao odor das mulheres no período de alta fertilidade apresentaram um nível mais elevado de testosterona. Já o cheiro de uma mulher fora do período fértil produziu uma redução significativa da testosterona.

Não percebemos conscientemente os odores de outras pessoas, a menos que sejam muito bons ou ruins, mas eles nos afetam de alguma forma.

“Os seres humanos são muito mais influenciados pelos estímulos ovulatórios do que imaginamos”, explica Maner. “Em geral, as pessoas não têm consciência disso. Há evidências sólidas de que os homens consideram agradável o odor da ovulação (em relação ao cheiro de uma mulher que não está ovulando). No entanto, grande parte dos efeitos comportamentais e hormonais geralmente acontece de forma inconsciente”.

Pesquisas anteriores comprovaram que o nível de testosterona dos homens também é sensível à ovulação feminina. Em um dos estudos anteriores de Maner, homens que interagiram com uma assistente de pesquisa que estava no período fértil se mostraram mais ousados e sedutores.

Essa dinâmica hormonal pode até influenciar o que homens e mulheres vestem, de acordo com o estudo. A equipe de Daniel Farrelly, da Universidade de Sunderland, descobriu que os homens que escolheram vestir vermelho enquanto competiam com outros “machos” tinham níveis mais elevados de testosterona que os que optaram por usar azul.

“A pesquisa mostra que há algo de especial na cor vermelha durante uma competição sexual, e está associada a nossos sistemas biológicos subjacentes”, explica Farrelly.

Em todos os casos citados, as interações sociais humanas de hoje parecem ter sido induzidas pela forma como evoluímos como primatas.

“Algumas pessoas gostariam de acreditar que não somos animais, ou pelo menos que o nosso comportamento não está ligado aos mesmos processos biológicos de outras espécies. Mas os seres humanos são muito semelhantes a outras espécies, de várias maneiras, e essas similaridades são mais visíveis que nunca quando se trata da sexualidade”.

O que você achou desse estudo? Você concorda?

12 de outubro de 2013

Masturbação infantil: como lidar com a descoberta dos órgãos sexuais pelas crianças?

Especialistas enfatizam a importância de pais, professores e demais agentes pedagógicos de meninos e meninas a não se deixarem contaminar pelo olhar adulto. Para a criança, a masturbação nada mais é que uma exploração biológica do próprio corpo que é prazerosa e, portanto, vai se repetir

“Mamãe, tenho que te contar um segredo: mexe lá na perereca para você ver o tanto que é gostoso”. A frase é de uma menina de 5 anos. A mãe, que não será identificada, conta que achou engraçada a ingenuidade da filha. A solução que encontrou foi orientá-la a ter cuidado para não se machucar já que, por ter a pele sensível, a garotinha ainda usa pomada contra assadura. A dificuldade do adulto em lidar com cenas da masturbação infantil ou atos de interesse nos genitais de outras crianças está marcada pela carga cultural que envolve a sexualidade. “O prazer do adulto está além do físico, a excitação passa pela fantasia. Para a criança, é apenas uma experiência sensorial: ela descobriu que é gostoso e vai repetir”, explica a psicóloga e doutoranda em educação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Anna Cláudia Eutrópio B. d'Andrea.

É consenso entre especialistas que bater, xingar, reprimir não é o caminho para tratar a masturbação na infância. Livro: 'Mamãe como eu nasci?', de Marcos Ribeiro

Ainda assim não é raro que os pais se assustem quando confrontados com a questão. Muitos podem relutar em admitir o que estão presenciando, talvez por não se lembrarem de situações semelhantes já vividas no passado. Mas um teste rápido é capaz de comprovar que o interesse pelos genitais não é fato isolado. Experimente perguntar às pessoas ao seu lado se elas se lembram de algum episódio durante a infância de brincadeiras sexuais consigo mesmas ou com pessoas próximas. No teste da repórter na redação, dois episódios logo surgiram. No primeiro, um estudante de 7 anos que encontrou dois coleguinhas sem calças na hora do recreio e chamou a professora imediatamente. Não por que intuiu alguma "coisa errada", mas por que queria brincar naquele lugar. No segundo, uma filha avisou ao pai que assistia à televisão: ‘vou ali no quartinho e não quero que você entre lá’. Obviamente ele foi atrás e encontrou a filha pelada em cima do irmão mais velho, também uma criança sem roupas.

Psicóloga, professora da PUC Minas e coordenadora da educação infantil da escola Balão Vermelho, em Belo Horizonte, Adriana Monteiro reforça a importância de o tema ser compreendido como uma curiosidade natural da criança. “É uma forma de exploração corporal como colocar a mão na boca, a semente do feijão no ouvido ou morder o coleguinha para poder conhecer o corpo do outro. Quando descobre os órgãos genitais a criança vai sentir prazer na descoberta e insistir no comportamento”, salienta. Para Adriana, uma das grandes dificuldades está no fato de as escolas não saberem lidar com o tema e terem uma abordagem mais moralista.

Abordagem

Pesquisadora em educação em sexualidade, Anna Cláudia observa que a menina de 5 anos já compreende que o “mexer na perereca” é da intimidade quando usa a palavra segredo para contar à mãe sua descoberta. Nesses casos, fica mais fácil ajudar os pequenos a compreenderem que o toque nos órgãos sexuais não é para ser praticado na frente das pessoas. Mas e quando é uma criança de 2 anos? Apesar de existirem marcos do desenvolvimento infantil, os pais precisam sempre lembrar que cada criança é única e tem o seu tempo para descobrir e entender o mundo ao seu redor. Considerando esse aspecto, Adriana Monteiro afirma que nessa idade é raro a masturbação ser um hábito frequente que necessite uma intervenção. “O que a gente faz é chamar a atenção da criança para outra ação sem repreendê-la”, diz.

Para Anna Cláudia, os adultos educam sexualmente não só com o que eles falam, mas também com o que não é dito. “A criança é uma esponja e ela percebe mais coisas do que o adulto consegue notar que ela percebe”, lembra. Ela recomenda - nos casos de a masturbação acontecer em público - que os pais façam a interdição em particular. “Se é da intimidade, a abordagem tem que ser de forma íntima, senão, o adulto estará transmitindo uma mensagem paradoxal”, pontua. Uma dica importante é usar o adulto como um espelho para ajudar a criança a compreender a orientação. “Você vê o seu pai fazendo isso na frente das pessoas?”, pode ser uma comparação a ser utilizada.

Prevenção

O que esses meninos e meninas precisam entender é que o pênis e a vulva são partes do corpo para serem lidados quando eles estiverem sozinhos. Esse recado ajuda as crianças a irem percebendo que o corpo é exclusividade delas. Dessa forma, os pais estão trabalhando, inclusive, a prevenção. Anna Cláudia reforça: “As crianças não se excitam. A experiência é exclusivamente sensorial. O problema está no olhar do adulto para a sexualidade infantil. O adulto erotiza e enxerga coisa que não tem”.

Insistência

É consenso entre especialistas que bater, xingar, reprimir não é o caminho para tratar a masturbação na infância, mesmo se o comportamento for insistente. Adriana Monteiro diz que a criança não entende que, moralmente, o comportamento em público não é bem aceito. “Em ambiente privado, os pais precisam dizer que é algo para se fazer quando estiver sozinho, no banheiro ou no quarto. O que o adulto precisa fazer é dar a noção da intimidade. Se a criança insiste, a conversa precisa se repetir”, sugere.

O artifício que a educadora utiliza na escola é chamar a criança em ambiente privado, reconhecer a vontade que ela tem em repetir o ato e fazer um combinado: “todas as vezes que você fizer esse tipo de brincadeira vou de ajudar a lembrar de outras brincadeiras”. Adriana diz que crianças de 3 e 4 anos conseguem manter o acordo.

"Os adultos educam sexualmente não só com o que eles falam, mas também com o que não é dito" - Anna Cláudia Eutrópio B. d´Andrea, doutoranda em educação em sexualidade da UFMG

Excesso

“O que difere a normalidade da patologia não é a qualidade é a intensidade. Todo mundo sente as mesmas coisas, mas a patologia está no excesso”, afirma a psicóloga Anna Cláudia. Para ela, o que os pais precisam observar é em que situação a masturbação acontece. Novamente ela insiste: “A primeira tarefa é olhar sem julgamento. Acontece antes ou depois do quê? Como está o estado emocional da criança?”, sugere.

Para Adriana Monteiro, o exagerado “é só querer fazer isso e nada mais. A criança pode até desviar a atenção para outra coisa, mas retorna à masturbação”. Nesses casos, a família deve procurar um atendimento especializado.

Questões de gênero

Outra questão que envolve a masturbação infantil é a diferença da abordagem para meninos e meninas. Para Anna Cláudia, a família costuma enxergar a masturbação do garoto como uma experiência de maturidade. No caso das garotas, muitas vezes o acesso ao próprio corpo é negado. “A educação sexual da menina ainda está focada na função de dar prazer ao homem e não no prazer dela mesma”, afirma. A especialista diz que já passou da hora de as famílias educarem os meninos para respeitar o corpo da menina.

Adolescência

Para os adultos que já são pais e mães de adolescentes, o desafio da educação sexual é a família se abrir para conversar sobre as emoções dos filhos e filhas. “Discutir sexualidade não significa falar de gravidez e camisinha. Os pais focam no discurso preventivo e não acolhem as experiências que estão no nível das relações. Meninos e meninas querem falar de afeto, ciúme, machismo, padrão estético de beleza. Começar uma conversa com camisinha não vai dar liga. Não é disso que eles querem falar, não é isso que os inquieta”, afirma a psicóloga Anna Cláudia.

Uma sugestão que a especialista recomenda aos pais de adolescentes é o Manual de Educação em Sexualidade da Unesco, 'Cá entre nós: Guia de Educação Integral em Sexualidade Entre Jovens'.

Valéria Mendes - Saúde PlenaPublicação:09/10/2013 09:30Atualização:10/10/2013 10:55

7 de julho de 2013

Masturbação feminina

A designer Tina Gong, também conhecida como Milmusket, criou o aplicativo Happy Play Time, que pretende dar informações

e dicas sobre a masturbação feminina. Segundo a desenvolvedora do aplicativo, a sexualidade é um dos instintos mais básicos

do ser humano, mas ainda sofre com dogmas e tabus, principalmente contra as mulheres.

O Happy Play Time ainda não foi lançado oficialmente, mas já existe uma versão beta na qual voluntárias podem experimentar

e avaliar o aplicativo. A designer também criou um infográfico sobre a masturbação feminina (em inglês). Confira:

11 de abril de 2013

Casais detestam transar às terças-feiras

Apenas 4% dos casais preferem fazer sexo na terça-feiraFoto: Getty Images

Pode parecer curioso, mas existe um dia da semana menos convidativo para manter relações sexuais. Segundo a loja de artigos eróticos Lovehoney, é a terça-feira. Apenas 4% dos entrevistados disseram fazer sexo nesse dia e quinta-feira também aparece em baixa na preferência dos casais, apontada por apenas 6%. O principal motivo apontado foi o cansaço. A informação é do site do jornal Daily Mail.

A empresa inglesa entrevistou 1.654 pessoas e identificou que sextas e sábados são os dias preferidos para a prática, com 23% e 37% dos votos.
Setenta e três por cento dos homens disseram nunca se negar a fazer sexo com as parceiras, o mesmo respondido por 46% das mulheres. Já 30% das mulheres afirmaram que dispensam o companheiro em cerca de 10% das tentativas.
Os entrevistados disseram que os principais motivos que inspiram o sexo é um carinho ou um olhar provocante, razão apontada por 12%.
Segundo a pesquisa, 66% das mulheres e 88% dos homens prefere manter as luzes acesas, a fim de ver o corpo e as expressões do parceiro. Mesmo assim, as demais mulheres se dizem envergonhadas do próprio corpo e preferem fazer sexo no escuro. Já 19% das mulheres disseram que ficam mais ousadas quando as luzes estão apagadas.

Confira as principais descobertas da pesquisa:

Qual o dia mais sexy da semana?

Sábado - 37%
Sexta - 23%
Domingo - 16%​
Segunda - 8%
Quarta - 7%
Quinta- 6%
Terça - 4%

O que motiva?

Beijo - 23%
Carícia - 23%
Ir para a cama - 14%
Olhar provocante - 12%
Falar sobre sexo - 7%

20 de agosto de 2012

Seus olhos não mentem – pelo menos em relação ao sexo

Estudando a sexualidade humana, cientistas se depararam com um problema digno do House: todo mundo mente. Como entender os hábitos das pessoas entre quatro paredes se, quando alguém é entrevistado, pode contar o que quiser? Algo compreensível, afinal quando um cientista desconhecido te pergunta quantas vezes por semana você costuma se masturbar, por exemplo, ou se você tem algum fetiche estranho, você pode se sentir desconfortável em responder.

Monitorar a variação de batimentos cardíacos ou o fluxo de sangue que vai para os genitais também não foram métodos aprovados pela ciência – afinal, muitas pessoas podem, conscientemente, suprimir seu estado de excitação. O ambiente de um laboratório de pesquisa também pode contribuir para a confusão de resultados, por ser sexualmente opressor.

Então como estudar a sexualidade humana? Cientistas levaram a sério o poético ditado popular que diz que seus olhos são as janelas da alma e passaram a analisá-los. Pesquisadores da Universidade de Cornell afirmam que a dilatação das pupilas é à prova de falhas na hora de indicar excitação sexual de grandes massas, por ser uma resposta completamente subconsciente de seu organismo.

Para chegar a essa conclusão o psicólogo Ritch Savin-Williams recrutou 165 homens e 160 mulheres – homossexuais, bissexuais ou heterossexuais – e mostrou a eles imagens de rapazes se masturbando, moças se masturbando e de paisagens da natureza completamente neutras. Enquanto isso, suas pupilas eram examinadas de perto.

A conclusão: homossexuais ficavam com as pupilas dilatadas com imagens de pessoas do mesmo sexo, bissexuais mostravam sinais de atração com os dois tipos de foto e homens heterossexuais ficavam atraídos com imagens de mulheres. As mulheres heteros são um caso diferente – suas pupilas mostravam sinais de excitação tanto com imagens de masturbação feminina quanto masculina. Isso quer dizer que não existem mulheres heterossexuais?

Os olhos das mulheres 'quase' não mentem

Calma lá. Elas ficavam excitadas com as duas imagens, mas afirmavam que preferiam ver homens. E pesquisas anteriores já haviam documentado este fenômeno e o associado, mais uma vez, com a nossa amiga evolução. A ideia é que as mulheres ficam excitadas com as duas situações porque, no passado, foram vítimas de sexo forçado. Oi? Em outras palavras, elas precisavam se sentir excitadas mais facilmente para evitar se machucarem durante o sexo. E, para não sentir dor durante o ato, seu canal vaginal precisa estar lubrificado, coisa que só acontece quando elas estão excitadas.

Então se o novo método não funciona direito para mulheres heterossexuais, as pupilas mentem e todo este estudo é uma bobagem? Na verdade não. O método pode ser usado para revelar tendências sobre a sexualidade de grandes números de pessoas – mas não pode ser usado para determinar a orientação sexual de cada indivíduo.

E, caso você esteja se perguntando, não, ninguém ficou excitado ao ver as imagens de paisagens ‘neutras’ da natureza.

Estudo via MyHealthNews

5 de agosto de 2012

Para que serve o sexo?

Sexo é gostoso, não há quem não goste. Dele resultam não apenas sensações bacanas, mas bebês. Só que há uma pegadinha biológica nessa história: prazer é possível obter de inúmeras maneiras, e o sexo não é a única forma de uma espécie se reproduzir. Por que, então, praticá-lo? Três principais idéias – não necessariamente excludentes – tentam explicar esse paradoxo.

Sexo ajuda a evolução

A variabilidade genética, desde que não cause efeitos colaterais ruins, pode ser uma mão na roda para a evolução. O sexo mistura as características genéticas de pai e mãe. Portanto, aumenta as chances de surgir uma combinação mais eficiente para a espécie, que vai ser selecionada. Na reprodução assexuada, só há mudança por acaso, quando há alguma alteração no DNA. Esses eventos são mais raros e arriscados, pois podem fazer surgir alguma alteração maligna para o organismo.

Sexo corrige erros no DNA

Se os genes dos pais são o rascunho, os do filho serão a versão passada a limpo. Se houve algum erro de DNA no pai ou na mãe, a mistura genética que surge com o sexo pode permitir que ele seja corrigido. Isso porque, na hora de produzir um descendente via reprodução sexuada, o DNA dos ancestrais dos dois lados é “recombinado” – eles trocam pedaços. O que estava errado em um pode ser consertado pelo “backup” do outro (o amor não é lindo?).

Em organismos que não fazem sexo, esse tipo de correção só é realizado pelos mecanismos internos de cada indivíduo. E, mais cedo ou mais tarde, principalmente com o envelhecimento ou com o estresse ambiental, tais salvaguardas falham.

Sexo ajuda a escapar de parasitas

A reprodução sexuada tem como principal objetivo misturar as características do pai e da mãe. E isso serve para muito mais coisas do que apenas estimular a corujice da família com o bebê. A mistura genética aumenta as diferenças entre os indivíduos, e isso serve como um fator protetor para a espécie como um todo.

Os microorganismos que se reproduzem assexuadamente, por exemplo, apresentam bem menos diversidade genética. A mesma arma (ou remédio) que serve para atacar uma bactéria “mãe” é capaz de detonar as bactérias “filhas”, que são pouco mais do que meras cópias da original.

Isso é muito mais difícil de acontecer entre humanos exatamente porque fazemos sexo. Na prática, a mistura genética confunde o parasita que está esperando para capturar um bebê recém-nascido. Se o causador de doenças já aprendeu a viver no organismo da mãe, precisa começar tudo de novo se quiser pegar o filho.

Cem milhões de anos na seca

Quem reclama de estar “na seca” quando fica algum tempo sem sexo nunca ouviu falar dos bdelóides: animaizinhos que vivem há uns 100 milhões de anos sem ir para a cama.

Por tudo que os cientistas sabem e pela mais pura lógica, um bicho que passou tanto tempo se reproduzindo apenas pela forma assexuada já deveria ter sido extinto ou estar prestes a ver seu DNA se desintegrar com o excesso de mutações. Mas os bdelóides, veja você, desafiaram tudo isso e seguem vivendo em ambientes úmidos, como musgos, poças e córregos. Aliás, existem 400 espécies deles.

Qual o segredo? Em vez de ter duas cópias de cada cromossomo, como a gente, esses bichinhos têm 4, afirma o pesquisador David M. Welch, que trabalha no Laboratório de Biologia Marinha do Instituto Oceanográfico Woods Hole. Ao que parece, em algum momento do passado distante, os cromossomos dos bdelóides duplicaram, gerando os animais que conhecemos hoje.

Com 4 cópias de cada gene em mãos, a espécie é capaz de corrigir os defeitos genéticos e diminui sua exposição aos riscos da vida sem sexo. É como se tivessem absorvido a grande vantagem da reprodução sexuada: seu DNA é corrigido internamente, sem que haja necessidade de um acasalamento.

Bactérias normalmente não fazem sexo, mas às vezes trocam DNA entre si, usando para isso um tipo rudimentar de “pênis”.

Texto Marília Juste

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