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1 de maio de 2015

Masturbação é natural mesmo para quem vive relação fixa

Tocar-se para obter prazer não significa que o sexo com o parceiro esteja ruim

A masturbação não é apenas uma prática adolescente de quem acabou de descobrir a própria sexualidade. O prazer solitário continua existindo, mesmo para aqueles que estão em um relacionamento fixo. Falar sobre o assunto ainda representa um tabu para muitos casais, que, às vezes, encaram o ato como um concorrente à vida sexual.

"É muito normal. E seria ainda mais se o processo de masturbação fizesse parte dos jogos sexuais dos dois, sem que isso perturbasse qualquer um dos parceiros", diz a médica urologista e terapeuta sexual Sylvia Faria Marzano, professora da pós-graduação em psicoterapia e psicotrauma sexual da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Goiás.
Apesar de ser algo natural e saudável no comportamento humano, nem todas as pessoas que namoram ou são casadas aceitam bem o fato de que o outro se masturba. Para algumas, segundo a urologista, isso representa, erroneamente, uma traição. "Esse é o grande problema, principalmente entre os casais heterossexuais", afirma.
Ter o hábito de se tocar para obter prazer não significa que o sexo com o parceiro esteja ruim. "Muitas pessoas que estão em relacionamentos afetivos e sexuais de qualidade, estáveis, sentem falta de um momento íntimo seu", declara a psicóloga e terapeuta sexual Ana Canosa, coordenadora da pós-graduação em educação sexual do Unisal (Centro Universitário Salesiano).
Para o escritor Ricardo Coiro, 28, de São Paulo, que namora há três anos, a prática não acontece pela falta da satisfação. "Não vejo a masturbação como algo contraditório ao sexo, mas como um complemento", fala.

Apesar de reconhecer que o tema é um tabu entre os amigos, ele não tem dificuldade de falar sobre o assunto com a namorada, que entende sua necessidade. "É um momento livre, em que você pode criar situações imaginárias e usufruir, sem culpa, do prazer gerado por esses pensamentos", diz Coiro.

Culpa e religião

Por influência da religião e também da medicina do século 19, a masturbação já foi vista como pecaminosa e causadora de doenças e distúrbios psicológicos. Apesar de essa concepção ter sido superada, sobretudo entre os profissionais de saúde, muitos ainda veem a prática como errada ou desnecessária em uma relação sexualmente ativa.
"O problema é quando se tem necessidade, mas há um impedimento religioso e cultural, que leva à culpa quando a pessoa a pratica", afirma o psicólogo Paulo Rennes Marçal Ribeiro, coordenador do mestrado em educação sexual e do Nusex (Núcleo de Estudos da Sexualidade) da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
A vontade de se masturbar muda de intensidade conforme cada indivíduo ou fase da vida. Segundo o psicólogo, à medida que as pessoas amadurecem em termos sexuais, vão substituindo a masturbação pela relação sexual. "Sem abandoná-la total e necessariamente", fala Ribeiro.
Historicamente, a masturbação sempre foi mais reprimida entre as meninas. "A nossa cultura incentiva o contato do homem com seu pênis, enquanto afasta as mãos da mulher de seu clitóris", diz Paulo Rennes.
Na vida de casal, é comum que a masturbação seja escondida. Para alguns homens, saber que a parceira busca esse prazer pode gerar insegurança quanto a própria performance sexual.

Entre as mulheres, a principal preocupação costuma ser se o namorado ou marido fantasia com outras. "A masturbação mostra que o desejo sexual é autônomo, independe da relação de amor. Ou seja, se meu parceiro tem tesão sem a minha presença, não tenho domínio algum sobre ele", declara Ana Canosa.
Para Ricardo Coiro, é ingenuidade demais de algumas mulheres achar que o homem só imagina a namorada enquanto se masturba. "Só transo com ela, seria muito pedir para me tocar pensando só nela", diz o escritor, sem medo de se expor.

Além da conta

Para a médica Sylvia Marzano, o autoerotismo é benéfico para o relacionamento, pois estimula a fantasia e contribui para a satisfação sexual mútua, seja o ato solitário ou a dois.
A masturbação somente vira um problema quando passa a ser a fonte única de prazer, torna-se mais importante que o sexo ou acontece de forma excessiva e descontrolada. "O que pode ocorrer é que essa atividade, sendo rápida e em geral escondida, faça com que o homem tenha uma ejaculação muito rápida ou outro tipo de disfunção sexual", afirma a urologista e terapeuta sexual.
O hábito de chegar ao orgasmo sempre pela masturbação também é capaz de produzir o efeito contrário. "Pode gerar casos de ejaculação retardada, em que o homem só consegue gozar na masturbação e não com a penetração", diz Ana Canosa.

Yannik D´Elboux
Do UOL, no Rio de Janeiro

15 de março de 2015

Sexo a três, por que não? Veja como entrar na brincadeira

Um é pouco, dois é bom e três pode ser tudo o que a sua vida sexual esteja procurando.

Seja com dois homens, duas mulheres, ou três do mesmo sexo, não é à toa que o ménage à trois é idealizado por tantas mentes. Apesar de ser algo que pode tornar uma experiência sexual mais excitante, muitos continuam a sentir vergonha e a ter preocupações equivocadas que podem ser, ao menos, debatidas para tornar a possibilidade da prática mais real e natural nas nossas vidas.

Não é só a falta de vontade que impede alguém de experimentar. Inseguranças femininas e masculinas são as principais responsáveis pela falta de ação. Alguns não conseguem sequer pensar na possibilidade de “dividir” um parceiro com outro(a). Mas a questão não é dividir amor. É compartilhar novas sensações e desejos corporais.

Conheça as suas limitações sexuais e desafie-se

Homens e mulheres, antes de sugerirem um ménage, conversem com os parceiros e sejam sinceros. Analisem possibilidades e preferências. Se rolar um estranhamento vindo de alguma das partes, esperem mais um pouco. O que vale é a tentativa. Ninguém precisa se sentir na obrigação de adorar o que está acontecendo e/ou ir até o fim.

Outra coisa que parece ser óbvia, mas que vale a pena relembrar: você não precisa fazer sexo com a terceira pessoa envolvida. Homens, se a parceira(o) quiser um ménage com outro cara, vocês não precisam transar com ele, ok? Meninas, o recado é o mesmo. É gostoso ser voyeur de quem você gosta.

Não faça com intenções de salvar um relacionamento

Se você não tem a mínima vontade, mas quer fazer para agradar o seu rolo da noite, ficante, namorado(a), pare. A atitude pode ser nobre, mas você não pensará assim quando estiver se sentido desconfortável na hora H. Muito menos no futuro, causando brigas e arrependimentos se o assunto vier à tona.

Sobre ciúmes, romantismo e confiança

Casais: Intimidade e confiança são as duas chaves para se chegar lá. Uma sugestão é decidir que cada ménage tenha uma pessoa diferente, sem aproximações futuras. Casas de swing são boas para isso.

Solteiros: Fiquem à vontade para trocar contatos com quem já transaram. Quem sabe não rola mais vezes?

Em relacionamentos sérios, não adianta fazer declarações de amor ou prometer coisas quando a ideia for apenas hipótese. Na prática sexual tudo é variável e intuitivo. Isso vale para amigos próximos, caso você queira chamá-los, por exemplo. Pense com calma e saiba separar sentimentos que podem se tornar confusos quando o sexo entra em jogo.

Crie um clima

Toque, estimule e verbalize. Inicie a brincadeira com um beijo triplo bem demorado, claro, se quiser beijar a terceira pessoa. Comece uma posição ou o sexo oral e peça para o cara ou a garota continuarem no seu lugar. Da mesma forma que você pedir por coisas novas, aceite as provocações e desafios propostos.

Espere a sua vez

Acalme-se e não desanime caso fique de um lado por um tempo. É comum que dois entrem em um ritmo próprio. Não fique paranóico achando que eles não te querem. Ocupe-se de outras maneiras, reveze a atenção e não seja egoísta. Cada um tem o seu momento de dar e de receber. Fazer contato visual ou dar as mãos permite uma linha de conexão mais duradoura.

Não deixe que a ansiedade tome conta do momento!

Ninguém nasce sabendo. Se é difícil fazer sexo com uma pessoa, imagine com duas! Mas vá com vontade e relaxe que tudo irá se encaixar progressivamente. Assista filmes pornôs para entender um pouco da logística da coisa. Se ficar tenso, pare, volte para as preliminares, beba mais uma taça de vinho, faça o que você quiser. Criar códigos gestuais entre o casal ajuda a entender o que se passa na cabeça do outro sem criar alarde.

Incite a fantasia

Permitam-se fantasiar bastante antes de irem as vias de fato. Diga no ouvido da pessoa coisas que quer fazer com ela e com um terceiro convidado, enquanto a masturba. Faça o mesmo pelo outro. Se não rolar excitação nem na hora de imaginar, tente em uma próxima oportunidade ou deixe para lá. Não dá para forçar desejos que, no momento, não existem. Eles não surgirão ou ganharão força de um dia para o outro.

Proteja-se

Troque de preservativos durante a relação para evitar DSTs entre os três. Tenha muitas camisinhas por perto. Faça o favor de usá-las.

 

Andressa Monteiro

Jornalista e entusiasta sobre assuntos de cultura e comportamento.

Publicado: 13/02/2015 17:41 | Atualizado: 13/02/2015 17:48

16 de dezembro de 2014

10 atitudes negativas que aumentam a mágoa na relação

FALAR MAL DA FAMÍLIA ALHEIA, DESQUALIFICAR O OUTRO E CRIAR UM CIÚME INFUNDADO PODEM DETONAR A SAÚDE AFETIVA DO SEU RELACIONAMENTO
Possuímos dentro de nós um ser estranho, um verdadeiro alienígena, capaz de sabotar nossas melhores intenções. Quem nunca começou uma dieta, por exemplo, e aquela vozinha interna sussurrou em seus desavisados ouvidos palavrões como pizzas, bolos, tortas e demais guloseimas? E quantas vezes não sentimos uma mão gentil nos guiando para dentro daquele restaurante de fast-food? Sim, é ele atuando, o alienígena mau. Aliás, sabotadores internos são capazes de nos guiar para algo que não escolhemos fazer, frustando qualquer tentativa de seguir adiante por mais que desejamos. Na maioria das ocasiões, sequer sabemos por que o bolo desandou: quando nos damos conta, o trem já descarrilou e a bola rolou ladeira a baixo.
E, se na vida pessoal é assim, quando colocamos mais alguém na roda afetiva a coisa pode complicar ainda mais. Isso porque, se temos sabotadores, o outro também tem e devemos nos preocupar em dobro: conosco e com a outra pessoa. Então, devemos aprender a filtrar muito bem as frases, palavras e atitudes que praticamos e recebemos.
Viver junto não é fácil. Ninguém jamais ousou dizer isso. São seres diferentes tentado trilhar o mesmo caminho. É certo que acontecerão momentos de crise, escolhas difíceis ou situações de conflito nas quais a paciência será testada ao máximo. Mas isso é viver! Não podemos fugir e é gratificante quando, apesar dos pesares, seguimos unidos adiante... vencendo etapas e continuando firmes!Sim, é importante acreditar que nem tão difícil é assim. Basta uma boa dose de boa vontade e perseverar, sem esquecer de manter sob nosso controle as vozes internas, os monstrinhos que habitam em nosso interior. Não deixe que eles assumam a liderança e desfaçam o esforço que fazemos para viver em paz. Muitos casamentos terminam e os envolvidos sequer sabem explicar o que de fato aconteceu. O que houve, sem dúvida, foi um somatório de pequenos problemas que foram se avolumando em forma de mágoa, até se tornar um túnel escuro por onde entraram, sem chance de voltar.
Ou seja, coisas fáceis de resolver, mas que se agigantaram exatamente por não terem sido percebidas a tempo. Portanto, leiam com atenção as situações que cito a seguir. E se você se identificar com alguma delas, trabalhe para desmontar essa bomba antes que ela exploda e leve pelos ares coisas preciosas e pessoas queridas!

* Regina Racco é professora de ginástica íntima e autora dos livros "O livro de Ouro do Pompoarismo", "A Conquista do Prazer masculino" e "Pirulito e Outras Delícias".

5 de dezembro de 2014

Os efeitos psicológicos de ter vários parceiros sexuais

E se passassemos a vida transando com pessoas diferentes sem baixar a âncora num relacionamento estável? Bem, segundo a ciência, quando se trata dos efeitos de se ter múltiplos parceiros sexuais no longo prazo, menos é mais.
Há muito se pensava que as consequências mentais de ter múltiplos parceiros sexuais incluíam maiores taxas de ansiedade e depressão. Ao mesmo, também parecia que altas taxas de abuso de álcool e outras substâncias aumentavam as chances de jovens adultos se envolverem sexualmente com varios parceiros sem segurança. Mas novas pesquisas feitas através do estudo de mil voluntários na Nova Zelândia mostram que, surpreendentemente, nenhuma das duas ideias é verdade.
Uma equipe internacional de pesquisadores de saúde mental no Dunedin School for Medicine, na Índia, concluiu um estudo em 2013, que procurava mostrar a ligação entre conexões mentais saudáveis e o envolvimento com diversos parceiros sexuais. Veja só o que eles descobriram:


1. Abuso de álcool e drogas
A maioria dos estudos anteriores que associavam problemas mentais a problemas de saúde, o abuso de álcool e outras substâncias demonstraram a ligação entre a quantidade de parceiros e o abuso de substâncias. Portanto, é impossível saber quando as pessoas procuram parceiros sexuais na tentativa de se automedicarem, para reduzir a dor emocional que estão sofrendo, buscando conexões sexuais com outras, mesmo que sejam passageiras.


2. Estilo de vida de alto risco
As pesquisas demonstraram ainda que as pessoas com um estilo de vida de alto risco procuram mais relações sexuais e uso de substâncias por dois motivos: por terem personalidades impulsivas ou porque são ansiosas e deprimidas. Os resultados do trabalho levaram especialistas em saúde mental a afirmarem, que para reduzir as taxas de comportamento sexual arriscado, é necessário tratar os problemas psicológicos ocultos que levam indivíduos a buscar essa saída para sua própria infelicidade ou estilo de personalidade.
Tanto para homens quanto mulheres, o desenvolvimento de uma dependência em substâncias químicas aumentou praticamente conforme a quantidade de parceiros sexuais. Por outro lado, ass pessoas que têm um maior número de parceiros sexuais não necessariamente têm maiores taxas de ansiedade ou depressão.
Os autores da pesquisa alertam ainda que pessoas que vivem um estilo de vida arriscado e mantém um número maior de parceiros sexuais, no futuro, têm mais chances de desenvolverem problemas mentais. E, obviamente, existe uma grande chance de que os indivíduos que transam com diversos parceiros estejam envolvidos em situações em que há álcool e drogas, portanto, também correm o risco de desenvolver a dependência química com o tempo.


3. Quanto maior o número, menor a realização emocional.
Mas quantos são múltiplos? Esta pergunta levou os cientistas a dividirem o número de parceiros em três grupos numa base anual: 0 ou 1, 1,1 a 2,5 e 2,6 anos ou mais. No entanto, alguns participantes informaram terem tido relações com até dez pessoas diferentes num único ano.
Os cientistas afirmam que a natureza dos relacionamentos de sexo casual pode representar um fator de risco por si só. “Estas relações geralmente são impessoais, carecendo de potencial para promover a realização emocional”, escrevem eles no artigo publicado pela Psychology Today. Para lidar com sentimentos de solidão e desespero, muitos bebem álcool, o que pode abrir caminho para uma futura dependência em drogas.
Embora homens e mulheres estejam desenvolvendo padrões similares de comportamento sexual e abuso de substâncias, neste quesito, os efeitos são mais fortes para as mulheres. Para elas, ter múltiplos parceiros ainda pode ir contra o que elas próprias consideram socialmente aceitável — e também acabam recorrendo a substâncias para lidar com sentimentos de vergonha, constrangimento e instatisfação.


Pensar duas vezes é segurança
Por causa disso, as mulheres devem ser mais cautelosas antes de se envolverem em incontáveis transas com pessoas diferentes, principalmente em relação a seus sentimentos na manhã seguinte. O propósito do estudo, como ressaltam os autores, não é repreender as pessoas por terem diversos parceiros sexuais, ou gerar ainda mais culpa sobre aqueles que já sentem que estão violando seus próprios padrões morais. Ao contrário, eles afirmam que pretendem indicar de um ponto de vista estritamente científico que o sexo frequente com inúmeros parceiros sexuais parece carregar um risco.

Por Danilo Barba  – dom, 23 de nov de 2014 13:40 BRST

4 de dezembro de 2014

Mulheres Que Não Conseguem Ficar Sem Trair: Como Tratar?

A infidelidade sempre existiu. E, por muito tempo, esteve mais associada a um comportamento masculino. Houve um período em que, a atitude tipicamente masculina, era aceita como algo normal e, muitas mulheres por uma questão de submissão, sentiam-se obrigadas a aceitar essa condição, sem contestar! No entanto, o mundo passou por mudanças e a traição deixou de ser ‘coisa de homem’. “Com a liberdade sexual, as mulheres passaram a ser mais curiosas no que se refere à questão da sexualidade permitindo-lhes vivenciar mais aventuras”, diz a terapeuta e coach Erica Aidar.  

De acordo com Erica, as mulheres estão mais desconfiadas do comportamento masculino e, por isso, acabam agindo como acreditam que seus parceiros agem: traindo. “O excesso de exposição em redes sociais, um mundo mais conectado e aberto são facilitadores para que as pessoas tenham menos apego aos seus relacionamentos”, reforça. E isso tem sido um estímulo para que algumas mulheres assumam a infidelidade, sendo que cada uma tem uma história, justificativa e até frustração que envolva este tipo de comportamento. 

A terapeuta alerta que muitos fatores podem levar à traição feminina, porém a falta de atenção, baixa valorização do parceiro quanto à sua beleza e inteligência, a rotina sexual são situações que podem desencadear o interesse por buscar uma aventura fora do relacionamento. “Antigamente, as mulheres costumavam trair quando não se sentiam envolvidas emocionalmente. Hoje, isso mudou: o desejo puramente físico também existe para elas, embora a sociedade insista em romantizar o comportamento feminino”, alerta a especialista. 

Para Erica, alguns perfis femininos costumam ter mais tendência à traição. São eles:  

• Menos comprometidas 

• Mais vaidosas 

• Carentes sexualmente 

• Carentes afetivamente   

Segundo Erica, uma pessoa que insiste em trair seu parceiro pode buscar orientação especializada para controlar esse impulso. “Neste caso, temos de realizar um levantamento dos pensamentos e sentimentos que envolvem a traição e buscar substituí-los por uma mentalidade mais adequada ao estilo de vida que a paciente deseja alcançar”, explica. 

Ela acrescenta ainda que um tratamento específico é indicado para os casos de distúrbio ou disfunção da sexualidade, que envolva algum tipo de compulsão sexual. “Entretanto, quando se quer parar de trair, porque se percebe um comportamento injustificado, imaturo, ou destrutivo há muito material para trabalhar dentro de um processo psicoterápico”, finaliza Erica. 

Autoria.: Mayara Rabelo

Site -www.ericaaidarcoach.com

28 de junho de 2014

Sem sexo em casa

A questão da semana é o caso da internauta cujo marido nunca quer fazer sexo. Ela não sabe se o abandona ou arranja um amante. Não tenho dúvida de que o sexo no casamento é o maior problema enfrentado pelos casais.

Todos os dias, os sete bilhões de habitantes do planeta mantêm 120 milhões de relações sexuais. Numa pesquisa o sexólogo colombiano Heli Alzate concluiu que 99% das relações sexuais de um casal, durante sua vida conjugal, são para a busca do prazer. Embora, muito diferente de outras épocas, em que a função do sexo no casamento era a reprodução, em grande parte dos casos esse prazer não é encontrado.

Durante um longo período, o casamento visou apenas à união econômica e política das famílias, nunca tendo sido considerado lugar de amor. Acreditava-se que era algo muito sério para se misturar a emoções tão fugazes. Por isso marido e mulher eram proibidos de se lançarem um ao outro com ardor.

No século 12 havia o consenso de que entre o casal poderia haver estima, mas nunca amor, porque o amor sensual, o desejo, o impulso do corpo seria a perturbação, a desordem. Contudo, as mulheres não podiam se esquivar do dever conjugal e deveriam, portanto, se dobrar às exigências do marido.

A ausência de desejo no casamento só passou a ser problema quando, recentemente, o amor e o prazer sexual se tornaram primordiais na vida a dois e se criaram expectativas em relação a isso. Jornais, revistas e programas de TV fazem matérias, tentando encontrar uma saída para a falta de desejo sexual no casamento. Como resolver a situação de casais que, após alguns anos de vida em comum, constatam decepcionados terem se tornado irmãos?

Alguns dizem que é necessário quebrar a rotina e ser criativo, o que não passa de um equívoco. É o desejo sexual intenso que leva à criatividade, e não o contrário. Quando não há tesão, a pessoa só quer mesmo dormir. Outros dão sugestões concretas: ir a um motel, viajar no fim de semana, visitar uma sex-shop. Contudo, quem se angustia com essa questão sabe que as sugestões apresentadas de nada adiantam. Desejo sexual não se força, existe ou não.

Ao contrário do que pensam alguns internautas que comentaram a questão, não significa que a mulher tenha naturalmente menos desejo sexual que o homem. Estudos recentes mostram que a sexualidade de ambos os sexos é fisiologicamente parecida. Assistindo a um filme com estímulos sexuais, a vagina fica tão intumescida quanto o pênis.

Apesar de a maioria das mulheres desejarem relacionamentos românticos, pesquisas do sexólogo americano Jack Morin mostraram que quando se trata de produzir excitação sexual, o sexo explícito é o que deixa as mulheres com mais desejo, como acontece com os homens.

Mas o número de homens que perdem o desejo sexual no casamento é bem menor do que o de mulheres. Para cada homem que não tem vontade de fazer sexo há, pelo menos, três mulheres nessa situação. Alguns fatores podem contribuir para isso.

Em primeiro lugar, o homem, na nossa cultura, é estimulado a iniciar a vida sexual cedo e se relacionar com qualquer mulher. Outra razão seria a necessidade de expelir o sêmen e, por último, a sua ereção seria mais rápida do que a da mulher, na medida em que necessita de menos quantidade de sangue irrigando seus órgãos genitais.

Mesmo que os dois se gostem, a rotina, a excessiva intimidade e a falta de mistério acabam com qualquer emoção. Busca-se muito mais segurança que prazer. Para se sentirem seguras, as pessoas exigem fidelidade, o que sem dúvida é limitador e também responsável pela falta de desejo.

A certeza de posse e exclusividade leva ao desinteresse, por eliminar a sedução e a conquista. Familiaridade com o parceiro, associada ao hábito, podem provocar a perda do desejo sexual, independente do crescimento do amor e de sentimentos como admiração, companheirismo e carinho.

Não é necessário dizer que existem exceções, e que em alguns casais o desejo sexual continua existindo após vários anos de convívio. Mas não podemos tomar a minoria como padrão. O que fazer então? Penso que está mais do que na hora de homens e mulheres refletirem a respeito do modelo de casamento vivido na nossa cultura, se quiserem viver com mais satisfação e prazer.

Regina Navarro Lins

1 de agosto de 2012

Afinal, sexo virtual é traição?

Imagine um dia encontrar no computador um histórico de conversas de seu parceiro (a) com outra (o) mulher/homem via internet! Imagine agora, se essas conversas não forem “simples conversas”, ou seja, forem conversas com conteúdos eróticos!

Praticada por homens e mulheres, e ao contrário do que se possa pensar, mais por mulheres; a rede da internet tornou-se uma porta aberta para a infidelidade, e tem causado muita polêmica e discussão em torno do tema: SEXO VIRTUAL É TRAIÇÃO?

Não há uma regra para reger todos os relacionamentos, muito menos, um consenso que defina de maneira conclusiva o que seja “traição”. De maneira geral, ainda prevalece o consenso de que o contato físico é sentido como a maior prova de falta de amor do outro.

Esse é um tema delicado e controverso. Para muitos, o sexo virtual é um conceito individual que possui suas regras, e teclar com outras pessoas, que não seus parceiros, não caracteriza necessariamente uma traição.

Pesquisas recentes feitas com mulheres demonstraram que 58% delas consideram a pratica do sexo pela internet uma traição. 21% tiveram opinião diferente e disseram que não é traição e outras 21%, não se posicionaram nem a favor ou contra.

A pesquisa também demonstrou que as mulheres que se posicionaram a favor, afirmam que a prática é benéfica para os relacionamentos reais. Já dentre as que se posicionaram contra, observou-se que essas mulheres tiveram uma formação cultural e religiosa mais rígida e possuem um conceito de monogamia mais presente.

Para alguns psicólogos, sexo virtual “pode” ser sinal de que há algo errado dentro do relacionamento a dois quer seja afetivamente ou sexualmente.

Porém, nem sempre devemos encarar sexo virtual como traição. Tanto quanto a masturbação onde se utiliza a imaginação ou revistas pornô-eróticas, o sexo virtual também pode ser um caminho para erotização, para uma forma de aquisição de novas informações e conhecimentos, portanto,  nem sempre, é um sinal que o relacionamento não vai bem, podendo até melhorar ainda mais a performance sexual e afetiva do casal.

É verdade que o progresso tecnológico tem levado ao individualismo, e provocado cada vez mais o distanciamento social e físico das pessoas. É verdade também, que muitas vezes a solidão, a falta de diálogo, a falta de amigos e dificuldades nos relacionamentos tem aproximado as pessoas via internet, e aumentado a possibilidade de relacionamentos interpessoais como forma de suprir as ausências afetivas e emocionais.

Porém, qual o limite dessa prática?

Pois bem, a linha entre a busca do prazer sem conseqüências e a possibilidade de uma traição real é muito tênue, e nem sempre se consegue ter o controle sobre a situação.

O “anonimato” encanta; O “mistério”, a “fantasia” dá um toque especial á imaginação; A “sedução” e a “conquista” reforçam a auto-estima.

Uma boa e simples conversa pode levar as pessoas a visualizarem a possibilidade de suprir carências até então consideradas “normais” para qualquer pessoa. Não é incomum sabermos que pessoas iniciam conversas em chats na internet e após compartilhar sua privacidade acabam criando certa intimidade.

É exatamente nesse momento que os nicknames (apelidos) deixam de ser utilizados anonimamente e passam dar lugar aos nomes reais. Pequenas mentiras passam por uma revisão e tornam-se informações reais,   e da sala de bate papo para o MSN particular, torna-se um passo muito curto e desejado. E-mails passam a ser comuns. Números de telefones são trocados. Torpedos ( mensagens de texto via celular) são enviados intensamente. Se gasta horas a fio, atrás da telinha do computador, e, finalmente, a fantasia torna-se realidade.

O sexo virtual, que até então não passava de uma brincadeira sem conseqüências, torna-se um relacionamento virtual com requintes eróticos e não incomum torna-se uma traição real, advinda do meio virtual.

Fonte: Psicnet

27 de junho de 2012

Confira 5 pensamentos que escondem erros na relação

Em alguns momentos é preciso refletir se o relacionamento de fato está dando certo.  Quando o assunto é amor, muitas mulheres tentam fugir da verdade. Por trás de pensamentos simples, escondem de si mesmas que o relacionamento tem falhas graves. Confira cinco deles, listadas pelo site Madame Noire.

1 – “Se eu mandar uma mensagem, ele não vai gostar de mim”: boa parte das mulheres já hesitou em mandar uma mensagem para algum homem por achar que ele vai considerá-la pegajosa. Mas realmente acha que uma simples mensagem indica isso? Claro que não. Um possível motivo para sua atitude é que, inconscientemente, sabe que tem agido de forma possessiva demais. Mas, se isso não é verdade, mande a mensagem sem medo. Se ele gosta de você, vai ler o texto e responder com prazer.

2 – “Se eu disser que encontrei o e-mail, ele não vai confiar em mim”: ao encontrar um e-mail ou qualquer outro indício de flerte ou traição, a melhor saída definitivamente não é fingir que nada aconteceu. Ele traiu você! Se pensa em não contar a ele, é porque não quer terminar o relacionamento por medo de ficar sozinha ou por ser muito dependente. Repense sua atitude.

3 – “Se ele conseguir uma namorada, não vamos mais ser amigos”: você está em um relacionamento, mas tem um grande amigo homem. Pergunte a si mesma: “se esse amigo começar um relacionamento, vocês vão se ver tanto?”, “será que ainda vão ser amigos?” e “você vai ficar com ciúmes?”. Talvez minta para si na terceira pergunta, mas se as respostas das duas primeiras forem “não”, existe atração entre vocês. Afinal, você quer seu namorado ou ele?

4 – “Se ele começou a namorar outra pessoa, vou ficar magoada”: você está em um relacionamento casual - em que os dois se encontram esporadicamente e não vão a festas de amigos e familiares juntos - e se diz feliz com a situação. Mas pare e pense. Se ele começar a namorar outra, como se sentiria? Ficaria magoada? Caso a resposta seja positiva, é indício de que quer algo sério com ele e só se machuca com essa situação casual.

5 – “Nada de ruim vai acontecer enquanto eu estiver lá”: quando seu namorado vai a uma festa, passeio ou bar, você logo se candidata a ir junto porque pensa que, se estiver lá, nada de errado vai acontecer? Seja realista! Em outras palavras, você quer dizer que, se não estiver com ele, algo aconteceria. Sendo assim, você teria que viver grudada nele. É isso que realmente quer? Ou deseja alguém em quem possa confiar?

8 de junho de 2012

Infidelidade? Saiba como superar e aceitar uma traição

Após a descobrir da traição, a pessoa passa por cinco fases até aceitar os fatos
Quando o casamento ou o namoro não anda muito bem, podem surgir suspeitas de que o parceiro mantenha um relacionamento extraconjugal. Ao descobrir a traição de seu companheiro, saiba como aceitar o fato e como é possível superá-lo.

Como superar a traição?


O momento pós-descoberta não é nada fácil, por isso, o site Your Tango dá algumas dicas para que a pessoa traída supere a infidelidade de seu companheiro.
Fase 1: Negação. A negação funciona como uma defesa psicológica, e pode ser consciente ou inconsciente. Com o passar do tempo, a vítima da traição tende aceitar a real situação.
Fase 2: Raiva. Após reconhecer que a traição existiu, é provavel que a pessoa sinta ódio de seu companheiro.
Fase 3: Negociação. A terceira etapa envolve a esperança de que o fim do relacionamento não seja uma sentença. Nessa hora, argumentos como filhos e família podem pesar muito.
Fase 4: Depressão. Lembre-se que sentir-se triste e deprimido faz parte do processo de cura, e mostra que você começou a aceitar a traição como realidade.
Fase 5: Aceitação. Esta fase varia de pessoa para pessoa. Você percebe que sua vida vai continuar, e você pode fazer o melhor possível para o seu bem-estar.

Como lidar com a infidelidade?
Após o choque da descoberta, o Your Tango recomenda que não se procure mais provas da traição. Ainda, escrever sobre suas frustrações e máhoas é uma boa forma de lidar com os sentimentos confusos. Além disso, os conselheiros recomendam reservar um tempo só para você, evitando preocupações e, até mesmo, novos relacionamentos. Apoio dos amigos e manter momentaneamente a distância do parceiro também são aconselhadas.

 
Existe esperança para o futuro?
Lógico que sim! Depois que o choque da descoberta passou, muitas pessoas se dizem gratas pela traição ter acontecido. Após isso, os relacionamentos são revistos e tomam um novo rumo.  Alguns optam por romper definitivamente, outros colocam uma pedra em cima do passado e mantém o compromisso. A escolha certa é sempre do casal.

9 de julho de 2011

Reflexões sobre a exclusidade sexual

A maioria das pessoas associa fidelidade à sexualidade. E isso pode ser um grande equívoco. Penso que a fidelidade está no sentimento que se nutre pelo outro e nas razões que sustentam a relação. Os termos fiel/infiel e mais ainda a palavra traição talvez não sejam apropriados para caracterizar relações extraconjugais, que sempre foram aceitas, mas só para o homem.

Com a emancipação feminina as coisas começaram a mudar. O número de mulheres casadas que têm encontros extraconjugais aumentou bastante. Num casamento sem dependência econômica ou emocional, um episódio extraconjugal pode ocasionar dois resultados: é apenas passageiro e não rivaliza com a relação estável, que sai até reforçada, ou a nova relação se torna mais intensa e mais prazerosa que a anterior e rompe-se então com a antiga.
O parceiro que não deseja a separação vai passar por momentos difíceis. Por mais que compreenda as razões do outro e concorde que não há alternativa — afinal isso faz parte da vida — pode ser tomado por um sentimento de inferioridade. Alguns tentam a reconquista. Nesse processo, desaparece o automatismo que havia na relação prolongada e também a certeza de posse. Outros, mesmo sofrendo, preferem manter-se na expectativa do que vai acontecer. Seja qual for a evolução, ela será sempre melhor do que o martírio de duas pessoas acorrentadas uma à outra por razões morais.
As restrições que muitos têm o hábito de se impor por causa do outro ameaçam bem mais uma relação do que uma “infidelidade”. Reprimir os verdadeiros desejos não significa eliminá-los. O parceiro que teve excessiva consideração tende a se sentir credor de uma gratidão especial, a considerar-se vítima, a tornar-se intolerante. Quando a fidelidade não é natural nem a renúncia gratuita, o preço se torna muito alto e pode inviabilizar a própria relação.
W.Reich afirma que nunca se denunciará bastante a influência perniciosa dos preconceitos morais nessa área. E que todos deveriam saber que o desejo sexual por outras pessoas constitui parte natural da pulsão sexual, que é normal e nada tem a ver com a moral. Se todos soubessem, as torturas psicológicas e os crimes passionais com certeza diminuiriam e desapareceriam também as diversas causas das perturbações psíquicas, que são apenas uma solução inadequada destes problemas.

Por Regina Navarro Lins do Livro "A Cama na Varanda”

27 de junho de 2011

Disfarces do desejo

Regina Navarro Lins: A estética é apenas um dos itens responsáveis pela atração sexual

Alexandre, um médico de 26 anos, relata a sua maior decepção sexual. “Ano passado, quando eu estava terminando a residência, me apaixonei por Sandra, a mulher mais gostosa que conheci. Ela era residente no mesmo hospital e fazia todos suspirarem, dos pacientes aos médicos, passando pelos enfermeiros, faxineiros, e quem mais estivesse por perto. Morena, alta, bonita, com um corpo escultural, tinha um jeito de andar sensual, irresistível. Depois de muita insistência da minha parte, ela aceitou sair comigo. Fomos a um motel. Eu estava certo de que jamais esqueceria aquela noite. Chegando ao quarto, Sandra tirou a roupa e se deitou na cama. Não mexeu um músculo sequer, ficou totalmente passiva, parada, inerte, esperando... Tentei excitá-la, e nada. Por um momento pensei em desistir e ir embora. Mas como? Aquela mulher maravilhosa, ali, todinha pra mim... Fui em frente. Precisei de algum esforço pra não broxar, mas sem dúvida, tive a pior transa da minha vida. Realmente, foi uma noite inesquecível.”

Há mulheres para quem o grande prazer sexual consiste em simplesmente deixar os homens loucos de desejo e mais nada. Na verdade, sentem pouco ou nenhum prazer com a estimulação sexual. E as causas são bem variadas, desde uma educação repressora, onde a idéia de que a mulher não pode ter iniciativa alguma no sexo é reforçada, até dificuldades emocionais que impedem a troca afetiva com o outro.
De qualquer forma, a atração sexual é algo misterioso e que ninguém sabe explicar direito. Por que nos sentimos atraídos por alguém e de que forma atrair a pessoa desejada é o que todos tentam descobrir. Geralmente se pensa logo na beleza e, como primeira impressão, a aparência é fundamental mesmo. Mas sendo o belo também condicionado pela cultura, os tipos ideais variam de época e lugar, desempenhando um papel fundamental na escolha do parceiro sexual.

Para nosso espanto, o que torna homens e mulheres mais atraentes em outras partes do mundo são aspectos físicos que nem de longe apreciamos. Os Maias gostam de pessoas vesgas, e existem povos da África e da Oceania que têm preferência por gengivas e línguas pretas (Maasai), dentes pretos (Yapese), umbigos enormes e salientes (Ila), seios pendentes (Ganda), ausência de sobrancelhas e cílios (Mongo), e assim por diante. Em algumas sociedades, mulheres gordas são muito valorizadas. As meninas antes do casamento chegam a ser postas em regime de engorda, onde devem comer exageradamente para ganhar tanto peso quanto for possível.

No Ocidente, há critérios de atração bem específicos, em que as normas baseadas na beleza física regem até concursos de beleza. É claro que existem as preferências individuais, mas a atração sexual, para a grande maioria, se baseia nas características que diferenciam homens e mulheres— todos os tratamentos de beleza femininos enfatizam essas diferenças (sobrancelhas finas, ausência de pelos, etc.).

Entretanto, os homens, mais do que as mulheres, são atraídos pela aparência física, e algumas pesquisas mostraram que apenas um por cento delas se sentem atraídas por homens com músculos avantajados, tórax, bíceps e ombros desenvolvidos. A maioria prefere homens menos musculosos, vestidos, em vez de nus, e nega ser obcecada pelo tamanho do pênis. Um terço das mulheres cita as nádegas, pequenas e firmes, como a característica visualmente mais excitante nos homens. Eles, por sua vez, se sentem atraídos por cintura fina, quadris largos, e seios avantajados, bem diferentes do que possuem.

A estética é apenas um dos itens responsáveis pela atração sexual. A sedução do cheiro ocupa posição de destaque. A mariposa secreta um líquido invisível do seu abdômen — o feromônio — e atrai pretendentes a mais de um quilômetro. Nós também exalamos um cheiro que atrai as pessoas, só que a uma distância menor. Homens e mulheres têm glândulas “apócrinas” nas axilas, em volta dos mamilos e na virilha, que se tornam ativas na puberdade. A secreção delas não tem nada a ver com aquelas que acabam produzindo cheiro acre e azedo da transpiração. Cada pessoa tem um cheiro próprio, um odor pessoal.

Há muito tempo se sabe disso. Baudelaire afirmava que a alma de uma pessoa estava nesse suor erótico. Napoleão enviou uma carta a Josefina, dizendo: “ Chego a Paris amanhã à noite. Não tome banho.” E um escritor francês do século 19, escreveu que o cheiro das axilas de uma mulher “despertam facilmente o animal que se esconde dentro do homem”.

Atualmente, nas festas em algumas partes da Grécia, os homens colocam seus lenços sob as axilas e oferecem às mulheres que convidam para dançar. Dizem que o resultado é garantido. Odores genitais, em alguns casos, também são considerados excitantes. As prostitutas de Nápoles eram conhecidas por passar os fluídos vaginais atrás das orelhas para atrair mais clientes, e um índio Apache declarou que colocava o dedo dentro da vagina de uma mulher e o cheirava, como tentativa de combater uma impotência temporária.

Contudo, como se explica que uma pessoa, mesmo sendo bonita e tendo o cheiro que nos agrada, não seja sexualmente atraente, ou o seja apenas num primeiro momento? Isso ocorre com frequência, ao mesmo tempo em que ficamos surpresos quando nos percebemos fortemente atraídos por alguém que não corresponde em nada ao nosso ideal de beleza.

Na realidade, a atração sexual transcende aos aspectos físicos. É um jeito de sorrir, de olhar, quem sabe uma observação interessante, um modo de falar... Não dá para dizer o que é, nem de onde vem. Talvez venha do invisível e não se sabendo que nome tem, podemos chamar de espírito. A decepção de Alexandre foi grande porque na nossa cultura se alimenta a crença equivocada de que uma ótima relação sexual está diretamente ligada à beleza física.

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26 de junho de 2011

O complexo significado dos sonhos eróticos

Sonhar que está com outra mulher, traindo o marido, transando com o chefe – o que tudo isso quer dizer?

Sonhos eróticos: não existe cartilha

A única pessoa que já chegou para a reunião é o seu chefe. Ele passa tão perto que dá para sentir sua respiração. Tranca a porta, puxa você pela cintura e dá um beijo sem permitir recuo. A mesa de reunião vira o palco para a melhor transa de todos os tempos. Então você acorda e percebe que foi só um sonho erótico louco, pois nunca sentiu atração por ele.
Não mesmo?
Muitos sonhos eróticos podem atordoar porque simplesmente não fazem sentido. Neste caso, a psicóloga Arlete Gavranic explica que o sonho pode refletir um desejo maior – não pelo outro especificamente, mas por alguma qualidade excitante que ele tenha. “Para algumas pessoas, o poder [no caso, do chefe] seduz”, diz a terapeuta sexual e psicóloga do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp).
Mas apesar das diversas possibilidades de interpretações, a erotização do sonho muitas vezes revela o que realmente parece: desejo. O sonho deixa fluir a necessidade de sedução tão natural das mulheres e de criar fantasias.
Eles sonham, elas sonham
Fantasiar com pessoas idealizadas é mais natural entre as mulheres, conforme mostrou uma pesquisa feita pela Universidade de Montreal, no Canadá, que analisou 3.500 sonhos de homens e mulheres durante quatro semanas. De acordo com o estudo, anunciado em 2007 no encontro anual da American Association of Sleep Professionals, os gêneros têm a mesma quantidade de sonhos eróticos, a diferença está no tipo.

As mulheres registraram o dobro de sonhos eróticos com pessoas famosas em comparação aos homens. Elas também sonharam mais com amantes do passado e do presente. Já a ala masculina sonhou duas vezes mais com várias parceiras na cama ao mesmo tempo, além de fantasiar com sexo em público e em local proibido. “A mulher idealiza mais os parceiros, por isso sonha com o Brad Pitt e o George Clooney”, diz Arlete.
Do Brad Pitt, ninguém reclama. Mas e quando o sonho erótico traz imagens perturbadoras e mensagens confusas, como relações extraconjugais ou homossexuais? De acordo com Karina Hinsching, mestre em psicologia analítica, o sonho pode refletir uma provável insatisfação sexual. “Sonhar com traição pode significar uma situação desconfortável com o parceiro atual. Você acaba buscando no sonho a compensação de algo que está faltando na vida”, diz. Outras explicações são desejo de vingança e monotonia na relação.
Quanto à fantasia homossexual, apesar da possibilidade da existência de um desejo sexual legítimo, sonhar com uma parceira na cama pode refletir a vontade de viver a sensualidade feminina projetada na sensualidade de outra mulher. Um momento difícil no relacionamento também pode justificar um sonho como esse, um tipo de fuga de um modelo que não está dando certo.
Pode ser tudo e não pode ser nada?
Apesar de alguns pesquisadores modernos ensaiarem, o fato é que não dá para montar uma cartilha incontestável de sonhos e significados. No jogo do consciente com o inconsciente durante o sono, tudo parece metafórico demais para uma compreensão simplista. “O sonho vem com imagens que o inconsciente manda por meio de símbolos. Descobrir o significado desses símbolos pede uma autoanálise profunda”, diz a psicoterapeuta Monica Levi.
Se o sonho dá pistas – e não a mensagem pronta, uma análise consciente dele pode trazer respostas. “Analise qual é a sensação que aquele sonho traz. Se você fica assustada, desagradada, com prazer. Depois, pergunte-se como gostaria que fosse o final daquele sonho”, ensina. Dessa forma, você conseguirá chegar a conclusões importantes e pessoais sobre os seus sonhos eróticos.

Cáren Nakashima e Livia Valim, especial para o iG

O ranking da pornografia

O ranking da pornografia

Os termos mais procurados por internautas na rede e a explicação dos pesquisadores para esse interesse

   Reprodução

No escurinho da internet

Pesquisadores identificaram os conteúdos pornográficos mais procurados na rede. O resultado exibe as entranhas da sexualidade humana

Na década de 1970, o psicólogo americano Kenneth Gergen queria investigar o que as pessoas seriam capazes de fazer protegidas pelo total anonimato. Convidou grupos de oito universitários – cada um com quatro homens e quatro mulheres – para passar uma hora dentro de uma sala completamente escura. Eles não veriam um ao outro nem antes nem depois do experimento e suas identidades jamais seriam reveladas. O que aconteceu na sala escura? Noventa por cento conseguiram tocar outros companheiros. Metade abraçou alguém e 30% trocaram beijos. Oitenta por cento disseram ter se excitado e houve até quem oferecesse dinheiro aos pesquisadores para participar de uma nova rodada da pesquisa. O experimento, que mostrou indícios do caráter assanhado da natureza humana, está em curso novamente – 30 anos depois, 24 horas por dia, em todos os países do mundo. A internet, que conecta cerca de 2 bilhões de pessoas, tornou-se a maior sala escura de que já se teve notícia.

Uma dupla de pesquisadores resolveu espiar o que acontece com a multidão virtual que considera ter sua identidade protegida por um número IP, a sequência de algarismos que identifica cada computador conectado à rede. No mês passado, o neurocientista americano Ogi Ogas e seu colega indiano Sai Gaddam lançaram nos Estados Unidos o livro A billion wicked thoughts” (algo como Um bilhão de pensamentos maliciosos), que compila os resultados dessa curiosa bisbilhotice. Eles analisaram 400 milhões de consultas feitas por internautas em sites de busca na internet e descobriram algumas coisas intrigantes. Os homens, dizem eles, são atraídos em primeiro lugar pela anatomia de mulheres jovens, mas também gostam de ver sexo com veteranas de 60 anos ou mais. Eles se interessam pelo órgão sexual dos outros homens (quanto maior, mais eles querem ver) e se excitam (isso mesmo, se excitam) com a possibilidade de ser traídos. Ao menos quando se trata de ficção. As mulheres, dizem os pesquisadores, não fazem tantas buscas. Elas vão direto a sites que contêm romances picantes. “Antes da pesquisa, a ciência simplesmente não tinha ideia de quais interesses sexuais eram comuns e quais eram raros”, diz Ogas.

Os autores afirmam ter feito o maior levantamento sobre o comportamento sexual humano desde a publicação dos famosos relatórios Kinsey. Na década de 1930, inconformado com o moralismo que dominava o estudo sobre o assunto, o zoólogo americano Alfred Kinsey se encarregou de esmiuçar a sexualidade dos americanos. Munido de um questionário detalhado (eram mais de 350 perguntas), o pesquisador e sua equipe entrevistaram 18 mil pessoas. Os livros com as conclusões foram publicados nas décadas de 1940 e 1950 e revolucionaram o estudo do sexo – e o que as pessoas pensavam sobre o assunto. Graças às pesquisas de Kinsey, descobriu-se que a homossexualidade não era tão rara quanto se pensava – 30% dos homens confessaram ter tido alguma experiência do gênero – e que as mulheres buscavam prazer tanto quanto os homens (metade afirmou se masturbar, algo impensável naquele tempo). Ogas diz ter ido além de Kinsey. “A pesquisa dele era limitada porque só ouviu americanos brancos, de classe média, do nordeste do país”, afirma Ogas. Ele analisou termos procurados em inglês, hindi, japonês, português, russo e italiano.

O levantamento traz achados curiosos. Cerca de 90% das buscas se concentram nos temas que ocupam as primeiras cinco posições do ranking, fato surpreendente em meio a oferta e variedade oferecidas pela internet. Nos 2,5 milhões de sites devotados ao sexo, é possível encontrar de tudo. Para explicar o número reduzido de preferências, Ogas e Gaddam usam as descobertas da neurociência, estudos sobre o comportamento animal e premissas da psicologia evolucionista, teoria que parte do princípio de que as características humanas foram selecionadas ao longo da evolução por facilitar a reprodução da espécie. É assim que eles explicam a atração masculina pelas mulheres jovens. Ela teria sido cunhada no cérebro dos homens pela necessidade de encontrar mulheres férteis para perpetuar seus genes. O problema de usar essa teoria é que os autores reduzem a complexidade do comportamento humano a meia dúzia de atitudes congeladas no tempo, como se, desde as cavernas, homens e mulheres não tivessem mudado. “Temos de considerar elementos como a curiosidade natural do ser humano e o contexto social”, diz o sexólogo Théo Lerner. “Na sociedade de hoje, que escancarou o sexo e a nudez, é normal a busca por novos estímulos.”

Cerca de 90% das buscas estão concentradas em apenas cinco tipos de material pornográfico

Os pesquisadores não estão seguros da relevância da pesquisa de Ogas e Gaddam. Eles duvidam, por exemplo, que a internet seja boa ferramenta para esse tipo de investigação. Por um lado, ela permite descobrir o que as pessoas fazem sem perguntar a elas. “Numa entrevista cara a cara, as pessoas ficam envergonhadas e podem não ser honestas”, diz a psicóloga americana Catherine Salmon, pesquisadora da Universidade de Redlands. Por outro lado, o anonimato proporcionado pela rede pode falsificar os resultados de outra forma, estimulando os internautas a soltar a imaginação. “As pessoas criam personagens para experimentar comportamentos que não teriam na vida real”, diz o psicoterapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Junior, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade. Quer dizer: a sexualidade na internet pode, em alguns casos, ter pouco a ver com a sexualidade real.

A abrangência das conclusões de Ogas e Gaddam é outro ponto de controvérsia. Eles usaram dados de um buscador chamado Dogpile, que não é o favorito dos internautas na hora de fazer buscas. “Enquanto 150 milhões de pessoas usam o Google e 90 milhões recorrem ao Bing, pouco mais de 3 milhões empregam o Dogpile em suas buscas”, escreveu o psicólogo americano John Grohol em um artigo em que critica o livro. “Isso é menos do 0,05% dos usuários de mecanismos de busca.” A amostra não permitiria extrapolar para o restante dos internautas os comportamentos detectados pela pesquisa. A pesquisa tampouco informa qual é o porcentual de usuários da internet que procura pornografia – e com que frequência.

Por polêmico que seja o levantamento, Ogas e Gaddam merecem o crédito de apresentar teorias científicas de maneira inusitada para leigos. Ogas tem experiências no assunto. Em 2006, ele usou seus conhecimentos de neurociência para ganhar US$ 500 mil no programa Quem quer ser um milionário, exibido pela televisão americana. No show, os participantes têm de responder a perguntas sobre atualidades. Ogas aplicou técnicas de memorização para reavivar as informações que guardava sobre os assuntos perguntados. Com isso, quase ganhou o US$ 1 milhão. Na última questão, hesitou entre duas alternativas e resolveu desistir para garantir pelo menos US$ 500 mil. Quando o assunto é sexo, porém, quase chegar lá não vale muita coisa.

Marcela Buscato – Revista Epoca

18 de junho de 2011

Realizar ou não as fantasias sexuais?

“Tenho 42 anos e uma namorada de 45, separada de seu segundo casamento. Sem querer, nos excitamos muito ao conversar sobre fantasias sexuais e ela me deixou louco de tesão ao dizer que gostaria de ver uma amiga linda loira, gostosona, transando comigo. Acontece que tanto minha namorada como eu estamos com medo de realizar a fantasia e nos machucar. O que fazemos?”

Essa questão foi tirada de uma seção do meu site, em que os internautas relatavam um problema que estavam vivendo e os outros diziam o que fariam se estivessem em seu lugar. Agora, essa seção do site se transformou em um dos dois livros que lancei recentemente, "Se eu fosse você...". Abaixo algumas sugestões dadas por quem se colocou naquela situação.
“Deixava a fantasia continuar como fantasia. Ela faz parte do jogo erótico. O dia em que você e ela deixarem de sonhar, de fantasiar, está bem na hora de pensar em outro caminho ou outros caminhos, cada um no seu.”

“Acho vocês meio grandinhos para ter medo de machucado, né?” Você tem sorte de conseguir, de bandeja, o que a gente vive tentando e raramente consegue. Não vacile. Vai ver que a sua namorada também quer aproveitar a ocasião e tirar umas casquinhas com a amiga dela. Deve ser excitante, não? Experimente! Sem medo de ser feliz!”

“Ô meu amigo, você não faz ideia o quanto este seu caso é maravilhoso, já imaginou o que é ter consentimento da sua namorada para isso? E quem te garante que ela já não até combinou com a tal boazuda? Claro que isso não vai machucar ninguém e se você não fizer, mano, vai perder as duas. Fica de olho, meu amigo, pois tem muitos tentando esta oportunidade especial.”

“Deixa de ser besta, ô mané, a vida é uma só e quem está na chuva é pra se molhar, mais vale a lágrima por ter caído, do que a vergonha de nunca ter tentado!”

“Eu acho que você ganhou na mega-sena e está em dúvida se quer receber o prêmio ou não! Para com isso!”

“Hummmm... É arriscado sim, muito. Vocês têm que estar muuuito bem entre si pra que o risco seja mínimo.”
“Se há dúvida, não faça. Sexo tem que ser sem culpa.”
Quase todas as pessoas têm fantasias sexuais. Existem as que não sentem muito prazer, e até mesmo são incapazes de atingir o orgasmo sem recorrer a elas. Com as fantasias, a vida sexual ganha uma diversidade que seria impossível no dia-a-dia. Por mais que exista grande atração entre um casal, a excitação não se dá sempre da mesma forma, tem altos e baixos. Lançar mão desse recurso funciona, muitas vezes, como estimulante para se recuperar a intensidade do desejo. E a variedade é grande: cenas, lugares, pessoas, podendo ser, em alguns casos, sobre um parceiro mais desejável do que aquele com quem se está fazendo sexo.

A grande vantagem das fantasias é poder inventá-las da maneira que se quiser. Cada um é dono do seu próprio espetáculo: decide o elenco, o argumento, a direção, a edição, os ângulos de câmera e os efeitos especiais. Além disso, não há motivos para se preocupar com críticas negativas ou censura: você é a única pessoa que poderá ver as suas fantasias sexuais. Contudo, nem todos se sentem tranquilos dando asas livremente à imaginação. Muitos se culpam e se envergonham de suas fantasias, jamais as revelando para alguém. Por que é tão difícil aceitá-las naturalmente?

Num estudo da universidade americana de Colúmbia, o psicanalista G. Fogel afirma que virtualmente todos têm fantasias sexuais aberrantes, embora nem sempre conscientes do fato. Ele também admite que elas são tão frequentes nas mulheres como nos homens. A questão é que, como ninguém tem coragem de contar suas fantasias, todos se assustam, pensando que são os únicos a tê-las.

As fantasias são geralmente associadas à ideia de desvio sexual, gerando forte sensação de inadequação. Para a grande maioria o dia-a-dia é regido por regras de comportamento e elas tendem a se enquadrar nos padrões aceitos. Colocar em prática uma fantasia, que não é aceita socialmente — no caso, sexo a três, — causa algum temor. Afinal, ninguém sabe o que vai acontecer depois. De qualquer forma, é importante que o casal avalie bem a fantasia que se apresenta no momento e procure se certificar de que essa fantasia está exclusivamente a serviço do prazer de ambos.

Regina Navarro Lins

16 de junho de 2011

Ainda gosto dele?

O incômodo persiste. Não importa quanto tempo tenha passado, a dúvida assombra quando bate a carência sob os cobertores em um dia frio: será que ainda gosto dele?

O Bolsa de Mulher ouviu psicólogos especializados em traumas e terapeutas de relacionamentos que vão ajudar você a detectar, em sua rotina, condutas que insistem em reafirmar aquele antigo sentimento mal resolvido.

Lembranças e associações ao ex

Parece que tudo conspira para que você se lembre dele, não é? Saiba que não é bem assim. Segundo a terapeuta de relacionamentos Marina Vasconcellos, da PUC-SP, o seu inconsciente é o real responsável por associar tudo com aqueles momentos vividos a dois. "Quando a relação e o final estão bem resolvidos, você não se afeta com as lembranças", diagnostica ela.
O psicólogo especializado em relacionamentos e em ansiedade Alexandre Bez complementa: "Algumas pessoas não conseguem se libertar das amarras emocionais do passado. A partir daí, o que aconteceu vira uma fantasia e as pessoas vivem olhando para trás. Assim não dá para tirar o ex da cabeça".
Manter hábitos do relacionamento antigo
Esse é o mais difícil de detectar, segundo Alexandre Bez. O inconsciente age decisivamente para associar o prazer às experiências anteriores, mantendo o vínculo com o passado sem que se perceba. "Sabe aquele seriado que vocês viam juntos? Se, no final do relacionamento, você sente mais obrigação do que vontade em assistir ao programa, isso denota um vínculo afetivo", exemplifica ele.
Forçar encontros
Ainda pior é quando você passa a frequentar os mesmos lugares e ambientes sociais do ex, como clube e academia, mantendo-se no cotidiano do antigo par. Buscar bares e festas nas quais você sabe que ele pode estar também entra na lista. "Inconscientemente, a pessoa está tentando se manter presente e faz uso de uma série de desculpas psicológicas para fingir que são encontros por conveniência", acrescenta Bez.
Se incomodar com qualquer notícia do ex
Não querer saber mais nada sobre a vida do "falecido", como muitas apelidam o ex, é um direito. Contudo, se a qualquer notícia ou aparição dele algumas emoções são despertadas, a confusão ainda está dentro de você. "Quando tudo está bem resolvido, você não sente mais nada. Se ainda tem alguma coisa que pega, que acende aquela ‘luzinha', é sinal de que algo precisa ser bem assimilado. Ter ciúme e se incomodar quando tocam no nome dele são os maiores exemplos", lista a terapeuta.
Não estar disposta a experimentar
Se você acha que a fórmula de relacionamento com o ex deu tão certo que nem quer experimentar outra, o sinal amarelo está ligado. "A pessoa parece não estar aberta a coisas novas, não consegue se empolgar com nada. O gosto muda muito, é dinâmico, mas é muito atrelado ao sentimento", afirma Vasconcellos. E o principal indício aparece entre quatro paredes. "Ela fica inconscientemente pensando que está traindo o outro e isso influencia seu desempenho sexual. Não se solta inteiramente", diz.
Comparar as atitudes
A comparação é inevitável quando você ainda está muito ligada à tal "fórmula bem-sucedida" da relação terminada, pois ela se torna em um referencial de felicidade. "A pessoa acaba comparando as semelhanças e as diferenças, sempre dando mais peso à diferença, como se contasse contra. Ela, no entanto, deveria começar a experimentar novos gostos e atitudes", aconselha Alexandre Bez.
Em casos mais extremos, a busca por um novo parceiro nos moldes do antigo pode levar quase a uma tentativa de clone. "A pessoa busca alguém fisicamente parecida com o ex e passa não apenas a comparar, mas a transferir as características do ex ao atual, já que eles são semelhantes fisicamente", revela.
Lembrar-se só dos bons momentos
A velha máxima de que "só dá valor quando perde" é o combustível para trazer à tona apenas as boas lembranças. "As atitudes positivas do ex são mais contundentes do que os defeitos", explica Bez. Para Vasconcellos, nessas horas é que deve entrar o apoio dos amigos. "Quando a pessoa termina, ela está sempre pensando sobre a relação e relembrando os momentos bons. Daí a importância de pessoas que estejam fora da situação para lembrá-la dos episódios ruins e impedir uma idealização fantasiosa", conclui a terapeuta.

3 de junho de 2011

Sexo sem amor

Já ouvi muita gente dizer que sexo tem que estar sempre ligado ao amor. Desconfio que isso não passa de mais uma tentativa de restringir a sexualidade feminina, afinal, nunca se fez essa exigência ao homem. Ao contrário, sempre se aceitou que ele fizesse sexo com qualquer mulher. Para provar que era macho tinha que estar o tempo todo pronto para o ato sexual. Com a mulher a história era bem diferente. Até algumas décadas atrás, caso ela gostasse de sexo, não podia demonstrar de jeito nenhum. Isso a desqualificaria como esposa.
Mas, na verdade, com tanta repressão o sexo não era bom mesmo para ninguém, muito menos para as mulheres. O homem chegava à vida adulta com pouquíssima experiência, no máximo algumas transas com prostitutas, o que reforçava a ideia do sexo ser algo pouco digno. Quando casava com aquela moça virgem, que viria a ser a mãe dos seus filhos, o sexo se tornava, então, um problema bastante complicado para ele. Era feito no escuro, embaixo das cobertas, com muita pressa. Se a maioria dos homens ainda ignora que para haver penetração a mulher deve estar lubrificada, imagine naquela época! O prazer da mulher não era nem cogitado. E elas aguentavam tudo com bravura, ou melhor, mansidão.
Com a mudança das mentalidades, da década de 60 para cá, se começou a aceitar que a mulher tivesse prazer sexual, mas apenas com o homem que amasse. Se não fosse assim, era considerado falta de decência. É por isso que, atualmente, ainda encontramos quem insista em afirmar que é da natureza feminina só desejar sexo se existir amor. Dizem também que sexo com amor é muito melhor. Claro, tudo o que se faz com a pessoa amada é melhor, até mesmo comer um bolo de chocolate. Mas desejo sexual e amor são emoções distintas, que podem existir juntas ou separadas.
Não há motivo para o sexo não ser ótimo, quando praticado entre duas pessoas que sentem desejo uma pela outra. Porém, é comum o medo de que, sem amor, quando a relação sexual chegar ao fim, a frustração tome conta da pessoa. Sem dúvida, isso vai ocorrer se existir pretensão de algo diferente do próprio prazer sexual. A frustração só ocupa o espaço de uma expectativa não satisfeita.
O problema é que, como o sexo não é visto como natural, busca-se nele algo mais do que o prazer: continuidade da relação, namoro ou casamento. Aí a frustração não é pelo sexo e sim por um projeto que não se realizou. Se duas pessoas vão para o ato sexual buscando simplesmente obter e dar prazer, e isso acontece, por que não seria muito bom para elas?

A Cama na Varanda: Sexo sem amor

POR REGINA NAVARRO LINS

7 de abril de 2011

Voyeurismo

Voyeurismo é o ato individual de observar pessoas, geralmente estranhos, em situações íntimas, como por exemplo, despindo-se, tomando banho, tendo relações sexuais ou com qualquer vestuário que seja apelativo para o indivíduo em questão, sem o consentimento dos envolvidos. O prazer sexual do voyeur é obtido exclusivamente ao observar pessoas, o risco de ser pego provoca a excitação, em geral o observador masturba-se durante o voyeurismo ou mais tarde.

Lembrando que qualquer meio de comunicação, revistas, filmes, blogs, todos são uma fonte de fantasia, todos praticamos voyerismo em graus diferentes e com finalidades diferentes, na maioria das vezes com intenções sexuais. Porém quando o voyeur sente dificuldade de se relacionar com outras pessoas e não sente mais interesse em fazer amizades ele passa a apresentar prejuízo emocional, a pessoa sofre e não aceita, virando assim uma doença que precisa ser tratada.

Leia mais em http://ginaresponde.virgula.uol.com.br

21 de março de 2011

Sexo sem medo ou culpa

Regina Navarro Lins fala sobre a relação das mulheres com o sexo sem amor

Sandra, uma engenheira de 31 anos, chegou deprimida à sessão de terapia. Há muito tempo busca conhecer um homem com quem pudesse desenvolver uma relação estável e duradoura. O motivo da sua depressão foi mais uma frustração amorosa. “Semana passada fui a uma festa na casa de uma amiga. Lá conheci Paulo, amigo do marido dela. Ficamos juntos a noite toda. Houve abraços e beijos, mas eu me propus a resistir...só que não deu: dormimos num motel. Como ele não me ligou no sábado nem no domingo, fiquei arrasada. Eu tinha jurado pra mim mesma que não ia mais transar sem amor....depois fica esse horrível sentimento de vazio!”

Muitas mulheres, apesar das evidências em contrário, ainda se esforçam para se convencer de que sexo e amor têm que caminhar sempre juntos. Os homens nunca pensaram assim e jamais isso foi cobrado deles. Quando uma mulher diz que não consegue transar com um homem se não houver amor entre eles, na maioria das vezes ela está apenas repetindo o que lhe ensinaram, impossibilitada de perceber os seus próprios desejos. Não há motivo para o sexo não ser ótimo quando praticado por duas pessoas que sentem atração e desejo uma pela outra. No caso de Sandra a frustração e o vazio têm muito mais a ver com uma expectativa não satisfeita do que com o sexo em si. A questão é que, como o sexo não é visto como natural, costuma-se misturar as coisas e se busca algo mais do que prazer: continuidade da relação, namoro ou casamento. Mas isso não é à toa.

Desde que o homem descobriu que participa da procriação, mantém sob controle a sexualidade da mulher. E isso aconteceu há cinco mil anos, quando ele ficou obcecado pela certeza da paternidade, para só deixar a herança para os filhos legítimos. No século XIX chegou-se a criar teorias para sustentar que a mulher não gostava de sexo, que seu único prazer era satisfazer o marido e cuidar dos filhos. É claro que, da década de 1960 para cá, com todo o movimento de liberação sexual, essas idéias caíram por terra. Hoje, todos sabem que homens e mulheres têm a mesma necessidade de sexo, e que a mulher pode ter tanto prazer quanto seu parceiro. Contudo, curiosamente, a maioria das pessoas finge não saber.

Se uma mulher foge ao padrão de comportamento tradicional, ou seja, não esconde que gosta de sexo, é inacreditável, mas ainda corre o risco de ser chamada de “fácil”. As próprias mulheres participam desse coro, ajudando a recriminar as outras, que conseguiram romper a barreira da repressão e exercem livremente sua sexualidade. Não é nenhuma novidade, mais uma vez os próprios oprimidos lutando para manter a opressão. Entretanto, para o homem, fazer sexo com uma mulher no mesmo dia em que a conhece é considerado natural, ele até se valoriza por isso. Há os que se dizem liberais, sem preconceitos, nada moralistas. Será? Para se ter certeza, é só perguntar o que eles acham da mulher que transa no primeiro encontro.

O sexo, quando vivido sem medo ou culpa, pode levar a uma comunicação profunda entre as pessoas. A maioria das mulheres se recusa a fazer sexo no primeiro encontro, mas não por falta de desejo. É a submissão ao homem, ou seja, a crença de que tem que corresponder à expectativa dele. A partir daí inicia-se uma encenação, onde o script é sempre o mesmo: o homem pode fazer sexo, a mulher não. Ele insiste, ela recusa.

O desejo que os dois sentem é igual, mas ele continua insistindo e ela continua dizendo não. Ela acredita que, se ceder, ele vai desvalorizá-la e não vai se dispor a dar uma continuidade à relação. Vai sumir logo depois do orgasmo. E o pior é que há os que somem mesmo. A luta interna entre os antigos e os novos valores não está concluída. Alguns se sentem obrigados a depreciar a mulher, que sentiu tanto desejo quanto eles, e não fingiu. “Ora, ela deveria saber resistir mais bravamente”, pensam. Submissos ao modelo imposto, funcionam como robôs aceitando que valores equivocados determinem com que mulheres devem namorar ou casar.

Afinal, em que encontro a mulher pode fazer sexo com um homem? No segundo, terceiro, sexto? Qual? O grau de intimidade que você sente na relação com uma pessoa não depende do tempo que você a conhece. Além disso, o prazer sexual também independe do amor ou do conhecimento profundo de alguém. Para um sexo ser ótimo basta haver muito desejo e vontade de obter e dar prazer. E uma camisinha no bolso, claro.

Estamos vivendo um momento de transição, em que os antigos padrões de comportamento estão sendo questionados, mas novas formas de pensar e viver ainda causam medo pelo desconhecido. Há os que sofrem por se sentir impotentes para fazer escolhas livres, mas acredito que o fim de muitos tabus a respeito do sexo seja só uma questão de tempo.

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23 de janeiro de 2011

Orgasmo - por que é difícil chegar lá?

Atingir o orgasmo numa relação sexual não é privilégio de todas as mulheres.

De acordo com estudos da ProSex - Projeto de Sexualidade da USP, 50% das mulheres encontram dificuldades para atingir o clímax da relação sexual.

E para algumas mulheres sexualmente ativas, a penetração não costuma ser o melhor meio de se atingir o orgasmo, por isso muitas delas acabam recorrendo ao sexo oral e à masturbação. "O orgasmo por penetração é uma questão de aprendizado da mulher", garante a terapeuta sexual Sylvia Manzano.

A falta de conhecimento do próprio corpo também pode dificultar o processo. Por isso, a mulher não pode ter vergonha ou medo de se estimular, de tocar nas próprias genitalias. "Muitas mulheres, por falta de conhecimento, acham que o orgasmo acontece sem o mínimo esforço - sem conhecer o seu corpo, sem explorar suas sensações - esperando que o parceiro lhe dê esse prazer", explica Sylvia.

A terapeuta não descarta a possibilidade de o parceiro ter sua parcela de culpa. "Ele pode contribuir para que não ocorra um orgasmo vaginal. Por exemplo, um homem com ejaculação precoce não dará tempo para que a mulher, que é mais lenta na excitação, consiga atingir o clímax".

Questões psicológicas
Sylvia conta que as queixas sobre a dificuldade para atingir o orgasmo começaram a aparecer depois que a mulher entendeu que ela tinha direito ao prazer e teve coragem de reivindicar seus direitos. "Por isso, sabemos que várias delas não sabem o que é ter um orgasmo", afirma.

Diferentes fatores levam a mulher a não "chegar lá", e podem ser tanto físicos como psicológicos. "Dos físicos destacamos o uso de medicamentos para outras doenças, além de cirurgias e dores pélvicas", diz a terapeuta. "Porém, a maior causa é psicológica: desconhecimento do corpo, educação repressora, abusos ocorridos desde a infância, inadequação do casal por brigas frequentes, ciúmes, cobranças, e assim vai", completa. Mas Sylvia garante: "É muito difícil existir uma mulher anorgásmica, ou seja, que não consegue ter orgasmo de forma alguma". Ufa!

Para mudar essa situação, o ideal é procurar um terapeuta sexual. Ele poderá trabalhar os lados intrapsíquico (cognições, crenças errôneas e limitantes) e inter-psiquico (como ela se relaciona com os outros). "Há um grande trabalho de psicoterapia sexual, primeiro individual, depois com a parceria, para que a mulher se permita sentir prazer", explica Sylvia.

A falta de prazer
Apesar dessa dificuldade, a terapeuta afirma que há mulheres que vivem muito bem desfrutando do prazer da relação sexual com o parceiro, sem se importar em saber o que é orgasmo. "Mas aquelas que o buscam e não o encontram, podem passar a se "encolher" no sexo, ou seja, fazer com que o ato não seja importante e até fugir dele, alegando dor de cabeça ou falta de tempo".

O fato de a parceira se preocupar apenas com o prazer do homem também pode não facilitar o orgasmo. "Existe um grande mito de que os parceiros tenham que ter orgasmo simultaneamente. Não é assim. Ao fazer com que o outro tenha prazer, se excite e atinja o ponto alto da relação, a mulher se perde no caminho, não conseguindo chegar lá também", explica.

A dica mesmo é nunca fingir um orgasmo, pois além de estar enganando o parceiro, você estará se enganando também. Isso pode causar ansiedade na performance e angústia que desequilibram o relacionamento, alerta Sylvia. "O que deveria ocorrer com os parceiros é um diálogo franco de tudo que sentem", completa.

Por Juliana Falcão (MBPress)

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