5 de dezembro de 2014

Abstinência sexual masculina

Quanto tempo um homem saudável consegue ficar sem sexo?

Segundo especialistas, não existe um período limite que determina quanto os homens podem ficar sem sexo.

De acordo com Dr. Amaury Mendes Junior, médico ginecologista e sexólogo, a questão pode ser interpretada erroneamente, pois pode colocar o sexo como um vício maior do que a própria necessidade. E nesse caso, o indivíduo entra na esfera do sexo compulsivo, que na verdade não tem prazer (ao contrario do que a maioria pensa) e sim um alívio de uma ansiedade criada pela obrigação de se fazer sexo.

Ele ainda conclui que “cada individuo tem suas próprias marcações que coordenam suas necessidades de prazer, podendo ainda sofrer influencias biológicas, psicológicas e sociais”.

1 - Fatores físicos e hormonais

Desde a infância sofremos marcações que poderão influir de forma saudável ou não para a proatividade sexual. Durante a adolescência os hormônios gritam por sexo, e após a andropausa, ocorre a diminuição da produção destes hormônios, processo que acalma o indivíduo sexualmente. Segundo Dr. Amaury, só existem 2  estímulos mais fortes do que o sexual: o da fome e o da sobrevivência. Porém, o estimulo sexual é insubstituível e algumas pessoas tentam compensar a falta de sexo com a comida, com o trabalho, drogas, compras, religião, etc.

2 - Fatores psicológicos e emocionais

Questões emocionais podem diminuir o interesse sexual do homem. A psicoterapeuta sexual Vanessa Fiore afirma que problemas como depressão, ansiedade, estresse, dificuldades de relacionamento e disfunções sexuais são fatores que podem interferir diretamente no desejo por sexo.

3 - Fatores Sociais

Segundo o Dr. Amaury, todos nós nascemos com um certo grau de estímulo para o prazer. Desde cedo, durante toda a vida, somos influenciados por fatores biopsicossociais: o corpo saudável determina se é possível exercer atividade erótica física. A mente conclui se o individuo está de bem consigo próprio e com sua parceria sexual. Já a parte social, complementa  a necessidade do sexo com a percepção da inserção do homem dentro do mundo em que vive. Fatores como educação, problemas pontuais, traumas, religião mal interpretada, baixa autoestima, inadequação  relacional e dúvidas quanto a questões de gênero também influenciam no desejo e no comportamento sexual.

A grande exposição ao conteúdo erótico e o bombardeio sexual das mídias dificulta a capacidade masculina de conviver sem o sexo. Os estímulos externos sexuais despertam o desejo masculino em condições normais e saudáveis, de forma natural. “Cada corpo é uno, porém a sociedade cobra posturas que muitas vezes não vão de encontro com a forma com que o indivíduo gostaria de  se posicionar sexualmente. Na clínica de terapia sexual encontramos hábitos sexuais diversos: celibatários, aversão sexual, compulsivos sexuais, desejo sexual hipoativo e questões de indefinição de gênero”, afirma o Dr. Amaury.

4 - Os reflexos no humor

A psicoterapeuta sexual Vanessa Fiore afirma que a falta de sexo pode interferir no humor das pessoas, já que a sexualidade está diretamente relacionada à saúde física e mental. Além de melhoras na qualidade de vida, pessoas que levam uma vida sexualmente saudável são mais felizes e bem humoradas, afirma a psicoterapeuta.

5 - A natureza masculina

Os homens são biologicamente preparados para a reprodução da espécie, e em circunstâncias normais, estarão sempre prontos para o sexo. Segundo a psicoterapeuta sexual Vanessa Fiore, se o homem estiver funcional e sem nenhuma dificuldade emocional, hormonal ou de relacionamento, a tendência natural é que ele sinta o desejo de ter relações sexuais em maior quantidade, e principalmente qualidade.

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