31 de julho de 2011

Verdades sobre o Casamento

“Geralmente, quando uma mulher quer romper um casamento tenta conversar, buscar junto uma solução amigável. Isso acontece mesmo que ela não esteja envolvida em outra relação amorosa. Nem sempre os homens conseguem comunicar sua decisão de se separar de forma tranqüila. É possível que a culpa por estar se afastando dos filhos e mesmo da mulher — há anos comprometido em proteger — leve-os a fugir para não enfrentar uma situação tão delicada. O resultado podem ser rompimentos radicais e muito sofrimento desnecessário.”

No consultório: A recaída  - Luciana tem 36 anos e estava casada há 16. Com dois filhos adolescentes, sempre alimentara sonhos românticos de envelhecer junto a Cristóvão. Por isso negou durante o tempo que pôde suas frustrações com o mau humor e o excessivo egoísmo do marido.
Além de se recusar a qualquer tipo de diálogo, ele não permitia que ela trabalhasse, mas controlava de forma obsessiva o dinheiro que trazia para casa. Após um longo processo de questionamento e dúvidas, Luciana conseguiu se separar de Cristóvão. Foram ao juiz, assinaram toda a papelada, e enfim ela se sentiu uma mulher livre.
Entretanto, dali a três semanas concluiu que não podia viver sem o marido e que o amava de verdade. Voltaram a morar juntos — para decepção dos filhos. Mas, um mês após a recaída, Luciana voltou à realidade e propôs novamente a separação. Dessa vez definitiva. Nunca mais viu Cristóvão, nem teve interesse em saber o que ele fazia da vida.
***
Numa separação, o cônjuge rejeitado pode não ser o único a sofrer. Em muitos casos, o parceiro que não deseja mais permanecer junto se vê ressentido e magoado, responsabilizando o outro pela fato de a convivência cotidiana não lhe proporcionar mais prazer.
A dor de desfazer a fantasia do par amoroso leva — mesmo sabendo-se que não existe chance nenhuma — à constante tentação de restabelecer o antigo vínculo. A reconstituição do casamento, nesses casos, dura pouco tempo e quando ocorre a segunda separação o outro volta a sofrer tudo novamente.

“Quanto mais baixa autoestima, maior será a insegurança e mais forte o ciúme. Nesse caso, restringir ao máximo a liberdade do outro é o mais comum.”

“Há sentimento de fracasso se voce idealiza o par amoroso e acredita que a relação é para a vida toda. A maioria das relações duram um tempo.”

“Pensa-se no amor como se ele nunca mudasse. O amor é uma construção social, e em cada época da História ele se apresentou de uma forma.”

“Virginia Sapir, uma famosa terapeuta de família americana, afirma que o sentimento mais comum entre os casais é o desprezo recíproco. Parece que se despreza o outro por ter falhado na sua principal função: tornar a vida do parceiro plena e interessante. Vc concorda?”

“O que fazer quando as pessoas que se amam, mas são incompatíveis em vários aspectos? Não existe um único modo de relação. Talvez a grande saída

“seja estabelecer um tipo de vínculo em que os dois só se encontrem quando sentirem vontade e façam apenas o que ambos desejarem.”

“seja estabelecer um tipo de vínculo em que os dois só se encontrem quando sentirem vontade e façam apenas o que ambos desejarem.”

“É impossível ser feliz sozinho” Essa ideia condiciona as pessoas de tal forma, q a maioria não se conforma de não ter um par amoroso.”

“A separação inicia seu processo lentamente, na maior parte das vezes de forma inconsciente. A relação vai se desgastando e a vida cotidiana do casal deixa de proporcionar prazer. Aos poucos, o desencanto se instala. Vc concorda que é assim?”

“Quando o amor entrou no casamento, as expectativas em relação à vida a dois se tornaram muito difíceis de serem satisfeitas. Resultado: separações

“Sexo indesejado é comum no casamento. É muito maior do que se imagina o número de mulheres que fazem sexo sem nenhuma vontade.”

Regina Navarro Lins

Psicanalista e escritora, autora de “A Cama na Varanda” e mais nove livros sobre relacionamento amoroso. Colunista do IG e do jornal O Dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

TESTEaki Headline Animator